Tuesday, January 13, 2009

ESPERANÇA E CONFIANÇA

Em homenagem ao camarada José Saramago pelos 10 anos do aniversário na obtenção do prémio Nobel de literatura, escritor que resolveu publicar em 1991, um livro com o título “Evangelho Segundo Jesus Cristo”, obra que o autor, decidiu candidatar ao prémio literário europeu, Sousa Lara, o então Sub-Secretário de Estado da Cultura de um governo presidido pelo primeiro ministro Cavaco Silva, teve como acto sumário e inquisitório a censura desse livro, alegando tratar-se de um ataque á igreja católica, muito embora seja uma obra literária de mera ficção. Então, que dizer do romance policial com o título “Código Da Vinci”? Que dizer dos “Versículos Satânicos”? Se por ventura estivéssemos nos tempos da inquisição José Saramago, Dan Brown e Salman Rushdie, não escapariam a ser condenados pelo Santo Ofício, tal como aconteceu a Galileu Galilei. Mas, que mandato político lhe conferiu tamanhos poderes a este senhor Sousa? Para em “nome da igreja”, censurar um livro de um escritor Português em pleno regime democrático? Naturalmente e como é óbvio, tratou-se de um acto isolado, meramente retaliatório e partidário, apenas e só, por se tratar de um escritor comunista, estas atitudes evidenciam resquícios de um regime do passado recente que tinha por hábito arvorar-se em protector da “ética e da moral pública”, em que estas criaturas foram e são os seus saudosistas e legítimos herdeiros. Mas, infelizmente este país está impregnado de “sousas laras”, ainda há bem pouco, li um comentário algures num jornal, da autoria de um presumível ou pressuposto discípulo de Sousa Lara, em que dizia, passo a citar: “O Partido Comunista Português, sente-se como o peixe na água nestes dias de desesperança, com os portugueses a sentir os bolsos vazios e o desemprego a bater à porta de muitas famílias”, das duas uma, só por grande maldade ou visão distorcida, esta criatura se atreve a proferir tamanha barbaridade e provocação aos membros e simpatizantes do PCP. Então não vê esta criatura, que a esmagadora maioria dos membros e simpatizantes do PCP, são pessoas de baixa condição e as primeiras vítimas desta política de direita ruinosa e anti-social, ontem em nome do défice, hoje em nome da crise, como é possível ao mesmo tempo sentirem-se como o peixe na água? Eu diria antes, que nos sentimos como o peixe, fora da água! Quem assim fala de cátedra ou patamar superior, é porque está de “barriga cheia”, provavelmente, nada terá a ver com quem trabalha e produz a riqueza deste país com salários de miséria. Se por outro lado, estiver realmente interessado em reflectir sobre o que está por detrás daquela convicção e daquela “fé”, como diz ter visto no “mediático” congresso do PCP, é muito simples, basta abrir os olhos e ver à sua volta, as consequências destas políticas desastrosas, que tem governado este país, ao longo de 33 anos, em que os mais favorecidos são os mesmos de sempre, isto é, o grande capital financeiro, em prejuízo da classe trabalhadora, como muito bem se viu agora com os dinheiros de todos nós, a ser injectados nos bancos dos “oliveiras costas”, “dias loureiros”e “pintos balsemões” etc, falidos à custa de gestões danosas e fraudulentas. Sobre isto, esta criatura, tão “preocupada” que diz estar com a situação do país, não escreve uma única palavra, antes prefere “elogiar” o PCP.
Compreendo, que esta gente ficou cheia de azedume e danada de inveja com a realização do XVIII congresso do Partido Comunista Português, onde mais uma vez se viu a força, a unidade, a organização e a determinação do partido dos trabalhadores, um partido fundado em 1921, um partido de causas e convicções e não um partido de emoções e de oportunidades pessoais, como é timbre em alguns congressos de outros partidos, onde por ventura se trata mais de um “saco de gatos e ratos” onde todos se arranham uns aos outros, e são os primeiros a abandonar o barco, quando as coisas dão para o torto, como se viu agora com a crise do capitalismo, daí tanta inveja, tanto escárnio e mal dizer. Mas, o Partido Comunista Português continuará a sua luta imparável, contra ventos e marés, rumo ao socialismo do século XXI.

5 comments:

Menina Tirsense said...

Salman Rushdie não escapou a uma condenação à morte (que acabaria, felizmente, por ser impedida), por alegadamente ter proferido a sua descrença no Islão. A enorme controvérsia em que se viu envolvido após a publicação dos seus «Versículos Satânicos», que obviamente para nós, povo livre, se afigura como uma atroz afronta à liberdade de expressão e pensamento, é a prova cabal de que, infelizmente, o ideal de liberdade é ainda uma utopia bem cerrada para muitos indivíduos por esse mundo fora. Ficção ou não, o poder assusta-se quando é publicamente afrontado, quiçá por não ter a força que julga ter, e que precisa de ter, para se sentir legitimado. Ora, a meu ver, a a minha opinião valerá muito pouco na confusão de opiniões do mundo, a tentativa de calar as vozes contestatárias é o primeiro sinal, claro, de que algo vai mal no seio dos poderes instalados. E isso é profundamente lamentável.

Anonymous said...

A Câmara Municipal de Santo Tirso acaba de instituir o Prémio Municipal de Arquitectura e Urbanismo com o objectivo de distinguir projectos em que autenticidade e originalidade se conjuguem de forma harmoniosa com uma eficaz integração na área envolvente e com a qualidade geral dos espaços propostos. O Prémio Municipal de Arquitectura e Urbanismo de Santo Tirso, no valor de cinco mil euros, será atribuído com uma periodicidade bienal. O prazo para a apresentação de candidaturas à edição deste ano decorre até ao próximo dia 31 de Março.

Atenta ao ritmo acelerado de desenvolvimento característico das grandes cidades contemporâneas, nem sempre consonante com as cada vez mais exigentes normas ambientais e de funcionalidade, a Edilidade Tirsense pretende incentivar a qualidade arquitectónica dos projectos, enaltecendo os bons exemplos de construção, reconstrução, alteração ou ampliação de imóveis, e ainda obras de qualificação de espaços exteriores de uso público. Neste contexto, as obras premiadas deverão afirmar-se como exemplos de transformação qualitativa do contexto urbano, nomeadamente pela sua capacidade de integração na cidade e pela produção de espaços públicos qualificados. A linguagem arquitectónica e a clareza dos conceitos adoptados deverão também constituir factores de comunicação no âmbito de uma estratégia de intervenção urbana, e a qualidade final da obra deverá distinguir-se pelo cuidado demonstrado na articulação de materiais, na adopção de técnicas construtivas adequadas e na inovação tecnológica, bem como pela correcção da sua execução.

Oscilando entre as áreas da Arte e da Ciência, tantas vezes conjugando razão e sentimentos, a Arquitectura assume-se como um legado que enriquece ou degenera o contexto em que se integra, consoante as opções tomadas em cada projecto. Enquanto organismo vivo, necessariamente adaptável às várias necessidades e ambições daqueles a que se destina a fruição dos espaços, a Arquitectura contemporânea tem de obedecer a critérios de equilíbrio e sustentabilidade de que a Câmara Municipal de Santo Tirso não poderia dissociar-se. Porque a boa forma na construção deverá traduzir-se não só no bem-estar dos utentes directos de cada obra, mas na generalidade dos que com ela tomam contacto, esta Autarquia pretende reconhecer aqueles que, com iniciativa e dedicação à causa da sedimentação e da consolidação de uma cidade moderna e funcional, contribuem para que o belo seja uma razão e um fundamento do bem-estar quotidiano dos seus cidadãos. Assim, na vertente Arquitectura serão distinguidas obras de construção, reconstrução, alteração ou ampliação de edifícios que mereçam destaque pela sua qualidade arquitectónica e pelo seu carácter exemplar. Já na área do Urbanismo, serão premiadas obras de tratamento de espaços exteriores de utilização pública que mereçam esse mesmo destaque.

Regulamento e candidaturas

As candidaturas são da responsabilidade do autor, promotor ou construtor de cada projecto, que, nos prazos definidos, deverão entregar a sua proposta na Secretaria do DPH da Câmara Municipal de Santo Tirso. São admitidas a concurso obras realizadas na área geográfica do Concelho, cujo projecto de arquitectura seja da autoria de arquitectos e para as quais tenha sido, nos casos exigíveis, emitida licença de utilização nos dois anos anteriores aos da realização do concurso. Poderão igualmente ser admitidas candidaturas de obras realizadas e promovidas pela administração directa ou indirecta do Estado ou por institutos públicos, desde que os seus autores, promotores ou construtores não sejam membros e/ou consultores do júri ou seus familiares (até segundo grau, em linha directa ou colateral).

O júri do concurso será presidido pelo presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso ou por um vereador que o represente, e constituído por um arquitecto representante da Ordem dos Arquitectos (sujeito a confirmação por parte da Ordem), um arquitecto paisagista, um arquitecto municipal e três individualidades a indicar pela Autarquia, das quais pelo menos uma possua obrigatoriamente formação na área da Arquitectura.

Os projectos concorrentes deverão ser apresentados da seguinte forma:

– Um dossier A4 com um máximo de 20 páginas, contendo peças desenhadas, fotografadas e escritas que clarifiquem a solução proposta do ponto de vista conceptual e tectónico;

– Dois painéis de formato A1 que resumam a solução, cujo material base deve ser do tipo “k-line” com o mínimo de 1cm de espessura.

Cumulativamente, todas estas informações deverão ser apresentadas em formato digital, susceptível de publicação electrónica. Os projectos poderão ainda ser complementados com maquetas, que contribuirão para uma melhor compreensão das propostas apresentadas, e de uma ficha de inscrição, disponibilizada e a preencher no acto de entrega do processo de concurso na Secretaria do DPH, sendo entregue aos concorrentes um recibo comprovativo.

Prémio e menções honrosas

O montante referente a cada categoria será dividido da seguinte forma: 50% para o autor do projecto de arquitectura, 30% para o seu promotor e 20% para o construtor. Caso a qualidade das candidaturas o permita, serão atribuídas Menções Honrosas, até um máximo de quatro, sem valor pecuniário. Todos os premiados serão reconhecidos através de um diploma e da atribuição de uma placa identificativa do prémio, a colocar na fachada do edifício premiado (e que identifica o prémio, o autor, o promotor e o construtor).

Estes prémios serão atribuídos em cerimónia solene a realizar no Salão Nobre da Câmara Municipal de Santo Tirso, em data a anunciar. Terá ainda lugar uma exposição dos trabalhos propostos a concurso, com início na data da cerimónia solene em local a definir. Para além desta iniciativa, será realizada uma publicação com todos os trabalhos apresentados, em que se destacarão as obras premiadas. O concurso e as obras premiadas serão divulgados no Boletim Municipal e na página online da Câmara Municipal de Santo Tirso.

O regulamento estará também disponível em http://www.cm-stirso.pt/.

Metronews
13 de Janeiro de 2009

Santo Tirso Positivo said...

Visita de trabalho a Rebordões: Presidente anunciou investimentos para a freguesia. Saiba tudo no SANTO TIRSO POSITIVO!

Anonymous said...

porra pra estes meninos da camara que veem fazer propaganda num post que nada tem a ver. ja enche e chateia tanto lixo!!!
eu so defendo uma coisa - viva a nossa cultura e os nossos escritores, que sao os unicos ou dos poucos a que neste pais podemos dizer que tem algo que falta a classe politica: classe, talento e qualidade.

João Machado said...

Só hoje, com muita pena minha, encontrei este blog. Mas juro que não mais o largarei.

Sou, também, Avense. E, principalmente, sou também, orgulhosamente, Comunista.

João Machado