Thursday, May 10, 2007

OS PERVERSOS DA DEMOCRACIA

O mundo em que vivemos que só agora pelos vistos o capitalismo o apelidou de global, tudo teve início com a queda do regime soviético em que deixou de existir o Pacto de Varsóvia, para apenas reinar a Nato em nome das ditas democracias ocidentais, que tudo aponta para a globalidade imposta ora a bem ou a mal, vejam-se os casos da Palestina, da Sérvia e os mais recentes do Iraque do Afeganistão e possivelmente em breve o Irão.

O capitalismo está eufórico com tantas vitórias, o seu triunfalismo vai de vento em poupa, veja-se a França em que a direita populista soube captar o descontentamento dos franceses enquanto que certa esquerda se confundiu demasiado com a direita, tal como vai acontecendo por cá.

O terrorismo é a palavra-chave que o capitalismo usa arbitrariamente em seu proveito para atemorizar os povos e facilmente alcançar os seus mais secretos objectivos que será dominar o tal mundo dito agora de global.

E nós por cá na Vila das Aves já sofremos os efeitos deste mundo global, os empregos só em rifas ou sorteios, as fábricas fecham, o centro cultural apenas funciona para uma elite que tenha a simpatia da Presidência, no entanto enquanto projecto se fez constar, que o Centro Cultural de Vila das Aves, se destinava á casa da cultura das associações desta Terra, pelos vistos mais uma vez os avenses foram habilidosamente ludibriados pelos perversos da democracia.

Agora eu pergunto:

Será que um homem se define de socialista só porque no 25 de Abril põe um cravo vermelho na lapela?

Por acaso não foram os nossos impostos que pagaram as obras do Centro Cultural da Vila das Aves assim como a sua manutenção, com que direito um presidente de Câmara vaticina lá do seu pedestal, quem deve e não deve usar as instalações?

Também entendo que as portas, não poderão estar escancaradas ao vandalismo, mas a disciplina não implica exclusividades ou descriminações.

Também em Vila das Aves, ainda me recordo, quando se iniciou a construção do Patronato

foi dito para que constasse, que o Patronato se destinava a dar abrigo aos pobrezinhos, dezenas ou até centenas de cortejos de oferendas foram realizados pelo povo que na sua boa fé contribuiu em muitos casos na época com sacrifícios visto tratar-se de uma causa nobre e humanitária, (daí a formação dos ranchos folclóricos), hoje vemos uma casa enorme destinada a albergue de elites religiosas intelectuais a discutirem o “sexo dos anjinhos”.

O Lar da Tranquilidade é outra casa de sonho e fantasia, será tudo uma questão de mercado, se tens dinheiro compras, se não tens fica o sonho de um dia com o euromilhões vires a comprar um lugar, não será isto exclusão social?

Há quem diga que somos um povo resignado e de brandos costumes, mas, a ser verdade isto não acontece por acaso.

Como se vê estamos eternamente subjugados por um sistema paternalista muito bem esquematizado, que eu diria de feudal, mas tenho esperança que as gerações vindouras saberão dar a resposta a estes empecilhos, a estes perversos da democracia que sufocam o desenvolvimento e o progresso desta Terra e deste País.