Thursday, December 30, 2010

Menino Jesus / Brigada Victor Jara



Desejos de uma rotura com a política actual,e que seja criada uma nova política, que nos proporcione um melhor Ano Novo para todos.

Wednesday, December 22, 2010

O que faz a justiça Portuguesa ?

BUENOS AIRES - O Tribunal Oral Federal Número 2 da capital argentina anunciou, ontem à noite, o veredicto para 17 ex-torturadores da ditadura militar (1976-83) que atuaram nos campos de detenção e tortura de El Olimpo, Club Atlético e Banco. Cerca de 1.500 civis, entre os quais velhos e crianças, foram detidos, torturados e assassinados.

Do grupo, os dois ex-torturadores mais famosos são Julio "El Turco" Simón e Samuel Miara, dois ex-policiais que operavam no "circuito" dos três centros de detenção. Ambos foram condenados à prisão perpétua. Os ex-torturadores foram acusados de 181 crimes, entre os quais torturas, sequestros, estupros e assassinatos.

Miara, além das torturas, ficou notório por sequestrar dois bebês, filhos de uma prisioneira política, com os quais fugiu para o Paraguai. Simón era famoso por estuprar as prisioneiras na frente de seus maridos, com a justificativa de que o fazia "pela Pátria". Ele ficou conhecido por seu sadismo extremo com os prisioneiros judeus e deficientes físicos. Ele ostentava frequentemente uma braçadeira com uma suástica e durante as sessões de tortura ouvia marchas alemãs e discursos de Adolf Hitler.

Na noite de terça, Simón quis sair da sala do tribunal quando os juízes estavam lendo sua sentença. No entanto, o tribunal não permitiu que se ausentasse durante a leitura. Simón retrucou: "mas estou a ponto de urinar em minhas calças!". A juíza Maria Garrigós de Rébori deu a tréplica: "não pode sair da sala". Durante o regime militar, Simón definia a si próprio como "Deus da vida e da morte".

Ariel Palácios, correspondente em Buenos Aires

Sunday, October 24, 2010

A NEGOCIAÇÃO DO EMBUSTE


Sócrates e Passos Coelho são “paus mandados”, diz Jerónimo de Sousa

2010-05-15

O secretário geral do PCP, Jerónimo de Sousa, criticou hoje o plano de austeridade quinta feira anunciado pelo Governo para reduzir o défice, garantindo que 90 % da factura será paga pelos assalariados e reformados.

"Os trabalhadores e os reformados vão pagar 90 por cento da fartura, enquanto que aqueles que ganham milhões e milhões de euros por dia pagam apenas uma pequena fatia. Chamar a isto equitativo é, no mínimo, uma fraude, um embuste", referiu.

Para Jerónimo de Sousa, o plano de austeridade, aprovado pelo PS e pelo PSD, é "uma subserviência vergonhosa a Bruxelas" e "uma rendição sem condições aos ditames do grande capital".

foto JOSE CARLOS PRATAS/Global Imagens
Sócrates e Passos Coelho são “paus mandados”, diz Jerónimo de Sousa



"A preocupação central foi salvar aqueles que vão concentrando e acumulando fortuna, com o prejuízo de quem não teve culpa nenhuma [do défice]", referiu Jerónimo de Sousa, classificando os líderes do PS e do PSD como "paus mandados dos grandes mercados financeiros".

Considerou que "este não é o caminho da estabilidade e do crescimento mas sim o caminho da instabilidade e do retrocesso social a todo o vapor" e apelou à luta contra as medidas agora anunciadas.

"Os mesmos que acertaram a pancada a dar ao povo são os que lhe dizem para ficarem calados. Era o que faltava", insurgiu-se.

Classificou PS e PSD "como farinha do mesmo saco" e criticou a "distinta ousadia" dos dois partidos "de se apresentarem como salvadores da Pátria", quando "têm uma responsabilidade histórica na actual situação do país", por estarem no poder há mais de 30 anos, "umas vezes com o CDS, outras sem o CDS".

O Governo anunciou na quinta feira um conjunto de medidas de austeridade para acelerar a redução do défice para 7,3 por cento em 2010 e 4,6 por cento em 2011.

Entre as medidas, negociadas com o PSD, estão o aumento das três taxas do IVA em 1 ponto, a criação de uma taxa extraordinária sobre as empresas com um lucro tributável acima de dois milhões de euros de 2,5 por cento e a redução de 5 por cento nos salários dos políticos, gestores públicos e membros das entidades reguladoras.

Para Jerónimo de Sousa, esta redução de cinco por cento nos salários dos políticos, gestores públicos e membros das entidades reguladoras, exigida pelo PSD ao PS, não passa "uma peninha no chapéu" e de "puro cinismo".

"Quem criou, legislou e atribuiu essas mordomias foram o PSD e o PS", sublinhou.

Desafiou o Governo a aceitar a proposta do PCP de aliviar a carga fiscal sobre o IVA e a "ir buscar os mil milhões de euros de mordomias que estão atribuídas ao capital financeiro".

Friday, October 22, 2010

DE MÃOS E PÉS ATADOS

Se o medo, a apatia e a resignação vão ser as constantes deste imenso rebanho da espécie humana, a democracia não tem nenhum instrumento para controlar os abusos do implacável poder económico e financeiro, que comete crimes horríveis. Se não há instrumentos, como se pode continuar a chamar democracia? É uma democracia de mãos e pés atados.

“El paso del gran pesimista”, Semanario Universidad, San José de Costa Rica, 30 de Junho de 2005
In José Saramago nas Suas Palavras

HÁ CEM ANOS UMA LUTA HERÓICA


Saturday, October 9, 2010

A CRISE NÃO É PARA TODOS

As profundas transformações, económicas e sociais numa época de crise na Europa nos séculos XVII e XVIII, poderão muito bem elucidar-nos quanto à melhor compreensão da problemática situação de crise económica e suas mutações na actualidade, muito embora, utilizando para o efeito comparações em situações análogas, salvaguardando as devidas distâncias das épocas e contexto, podemos a partir desta narrativa elaborar uma reflexão com vista à melhor compreensão quanto à razão do aparecimento e existência das crises suas origens, consequências e porventura as suas contradições. Por outro lado a possibilidade de identificar as motivações subjacentes às transições que se operaram na transformação da economia nessa época como resposta a uma crise agrícola. Naturalmente que as crises não aparecem por acaso, há sempre causas e motivações resultantes de vários factores. Podemos aqui fazer uma apreciação ou reflexão das motivações que levaram à transição do feudalismo, para o capitalismo, ou seja, a transição do trabalho do campo, para o trabalho da indústria, em virtude do estado de depressão a que chegou a agricultura e ainda, a consequente mobilidade da indústria da cidade para as zonas rurais, a transição do trabalho domiciliário para um trabalho colectivo dando origem ao aparecimento de uma nova classe do proletariado.

Se comparar-mos essa transformação e reestruturação aos nossos dias, em que os antigos métodos mecanizados deram lugar ao aparecimento das novas tecnologias, que ao contrário do que determinados pensadores e ideólogos diziam, vinham para libertar a humanidade, na verdade o que se verifica, é que tudo não passou de uma mera utopia de boas intenções, sendo que, afinal pelo contrário se constata, que as novas tecnologias vieram não para libertar o homem, mas antes para o penalizar.

Em termos comparativos podemos concluir que nos referidos séculos XVII e XVIII, a crise da época, tinha outras origens muito diferentes da crise dos nossos dias, ou seja, enquanto que nessa época a produtividade assentava na importância vital do trabalho manual e artesanal, tudo oscilava em função da baixa ou alta demografia provocada pela enorme mortalidade devido às guerras, pestes e epidemias, assim como, às más colheitas devido às condições climatéricas, no aparecimento de novas técnicas de produção e a diversificação da industria, de novas matérias primas, a conjugação dos preços do produto final e o alargamento do comércio a novos mercado, foram factores preponderantes na reestruturação de uma nova e progressiva economia, reflectindo-se num crescimento demográfico e numa melhoria das condições sociais da população.

Nos tempos de hoje, estamos perante um dilema contraditório em comparação com o antigo regime, ou seja, se por um lado com as novas tecnologias, se obtiveram grandes avanços para a humanidade, por outro lado houve grandes retrocessos no bem-estar dessa mesma humanidade, que se poderá traduzir na crise instalada na Europa contemporânea, nomeadamente com o galopante desemprego, motivado como já referi, pela substituição do trabalho humano, pelas máquinas tecnológicas e para além de mais, por uma produção assente numa mão de obra barata e em grande parte desqualificada, pelas sucessivas deslocalizações da indústria para países estrangeiros, em suma, pela destruição do aparelho produtivo, tudo isto, tolerado e consentido dando origem a um autêntico anarquismo económico, sendo que é bom de ver, que há quem tire proveito de tal situação, muito embora, haja quem preconize, uma nova ordem económica mundial, a verdade, é que tudo não tem passado de retórica. Ora esta crise, não acontece de forma abstracta, mas sim de forma concreta nomeadamente quando se ajudam os bancos e se sacrificam os povos, quando se tolera a desenfreada competição e ganância na obtenção de fabulosos lucros, com o beneplácito dos governantes do mundo. Um dos exemplos que acabo de expressar e que se prende como factor da crise contemporânea, foi sem dúvida o aparecimento da globalização, que teve por origem as novas tecnologias e que rapidamente se converteu numa «galinha de ovos de ouro», em benefícios financeiros de uns quantos, ou seja, de uma ínfima minoria da população mundial, contrastando com uma esmagadora maioria da população que se vê excluída e espoliada de uma vida digna, e quantas das vezes restando-lhes a morte pela falta de assistência medicamentosa para combater as doenças e sobretudo pela fome, que começa agora a alastrar com mais intensidade um pouco por toda a Europa, naturalmente com mais incidência e expressão no continente africano. Será esta crise, a peste negra contemporânea que nos vai dizimar?


Wednesday, September 15, 2010

Cão Raivoso



Composição: Sérgio Godinho

Mais vale ser um cão raivoso
do que um carneiro
a dizer que sim ao pastor
o dia inteiro
e a dar-lhe de lã e da carne e da vida
e do traseiro
mais vale ser diferente do carneiro
um cão raivoso que sabe onde ferra
olhos atentos e patas na terra.

Viva o cão raivoso
tem o pelo eriçado
seu dente é guloso
e o seu faro ajustado
Cão raivoso, cão raivoso, cuidado.

Mais vale ser um cão raivoso
que um caranguejo
que avança e recua e depois
solta um bocejo
e que quando fala só se houve a garganta
no gargarejo
mais vale não ser como o caranguejo
um cão raivoso que sabe onde ferra
olhos atentos e patas na terra.

Viva o cão raivoso
tem o pelo eriçado
seu dente é guloso
e o seu faro ajustado
Cão raivoso, cão raivoso, cuidado.

Mais vale ser um cão raivoso
que uma sardinha
metida, entalada na lata
educadinha
pronta a ser comida, engolida, digerida
e cagadinha
Mais vale ser diferente da sardinha
um cão raivoso que sabe onde ferra
ferra fascistas e chama-lhe um figo
olhos atentos e patas na terra.

Viva o cão raivoso
tem o pelo eriçado
seu dente é guloso
e o seu faro ajustado
Cão raivoso, cão raivoso, cuidado.

Mais vale ser um cão raivoso
dentes à mostra
estar sempre pronto a morder
e a dar resposta
a toda e qualquer podridão escondida
dentro da crosta
dentro da crosta das belas ideias
gato escondido de rabo de fora
dentro da crosta das belas ideias
gato escondido de rabo de fora.

Tuesday, August 31, 2010

Mais do mesmo em Santo Tirso (como no resto do País)

santotirsoMais uma empresa que decide encerrar em Santo Tirso, ou melhor um sector (fiação) da Arco Têxteis, que antes se designava Arcofios.
São mais cerca de 50 trabalhadores a engrossar os já milhares de desempregados, que afectam a tão depauperada economia do Concelho.
Continuam a encerrar empresas, sobretudo do sector produtivo, muitas delas tendo recebido fundos comunitários.
O Governo, sobre isto, não fala, não actua, não responsabiliza, deixando que estas práticas. lesivas da economia nacional, continuem impunes.

Sabe é fazer promessas, como, por exemplo, a de que a criação do Call Center iria criar 1200 postos de trabalho em Santo Tirso. A verdade é que só lá estão 350 trabalhadores, sendo cerca de 100 do nosso concelho.

A realidade é outra, é a do constante crescimento do desemprego em Santo Tirso, cujos inscritos no IEFP passaram de cerca de 5500 em Junho de 2008 para 7000 em Junho de 2010, expressando a incapacidade deste governo do PS e das medidas de austeridade acordadas entre PS e PSD para resolver os problemas do emprego no concelho e no país.
Os cortes nos apoios sociais, decididos pelo PS e PSD no quadro das medidas de austeridade fará com que muitas dezenas de famílias tirsenses vejam agravadas as suas condições de vida.
A realidade do concelho de Santo Tirso confirma o que o PCP vem exigindo: a necessidade de uma ruptura e de uma mudança de políticas que assegure a criação de emprego com direitos e a justiça social.
No imediato, face à situação dramática que se vive, com mais de 18% de desempregados em sentido restrito (mais de 20% em sentido lato) e num concelho ainda profundamente dependente do sector TVC (Têxtil, Vestuário e Calçado), a Comissão Concelhia de Santo Tirso do PCP reclama uma verdadeira política de defesa do Sector Têxtil que:
Garanta o rompimento com o modelo baseado nos baixos salários, baixas qualificações e precariedade no emprego;
Aumente os níveis de escolaridade e qualificação dos trabalhadores;
Reforce os apoios da Segurança Social no apoio às famílias atingidas pelo desemprego;
Accione medidas preventivas para as áreas e sectores de risco e garanta apoios financeiros às micro, pequenas e médias empresas descapitalizadas e com desequilíbrios financeiros;
Defenda o mercado nacional e combata as deslocalizações.
Aos trabalhadores e ao Povo de Santo Tirso, o PCP reafirma o seu empenho na luta por uma vida melhor.

Santo Tirso, 24 de Agosto de 2010.
A Comissão Concelhia de Santo Tirso do PCP

Sunday, August 1, 2010

CARTA ABERTA AO SR. PRESIDENTE DA JUNTA DE VILA DAS AVES





De há uns tempos a esta parte, de então para cá, muitos acontecimentos políticos e não só, tiveram lugar a nível nacional assim como a nível local. Começaria por referir apenas e só, os acontecimentos a nível local, e dizer como avense, que me congratulo com a compra do Amieiro Galego pela Junta de Freguesia, assim como, a entrega da devida Quinta dos Pinheiros à Junta de Freguesia, muito embora, não fosse entregue a totalidade da quinta, como inicialmente estava determinado, mas como diz o povo, “mais vale um pássaro na mão, do que dois a voar”.

Reconhecemos sem dúvida, que houve aqui nestes dois casos um trabalho profícuo e meritório do senhor Presidente da Junta de Vila das Aves, a quem desde já, tiro o meu chapéu, muito embora, não fizesse mais nem menos daquilo que lhe competia por obrigação, enquanto Presidente da Junta.

Contudo porém, importa referir que noutras latitudes, nem tudo são rosas quanto à postura e conduta do senhor Presidente da Junta. Espanta-nos, quando por várias vezes reivindicou publicamente “AMOR À TERRA” mas depressa esse propalado “amor”, se converteu em desprezo pelo bem-estar social das pessoas desta mesma terra. E digo isto, sem qualquer tibieza, ou sequer arrependimento. Eu explico:

Quando um partido político denuncia publicamente a degradação da vida social das pessoas, como aliás lhe compete, através de cartazes, mupis ou o que quer que seja, Código do Trabalho, os despedimentos, a desregulamentação de horários, redução de salários, ataque à contratação colectiva, e quando esses cartazes, mupis ou o que quer que seja, são rasgados pelo senhor Presidente da Junta, eu pergunto:

O que pretende esconder o senhor Presidente da Junta? O que será isto senão uma atitude de desprezo pelas condições sociais para com as pessoas desta terra? Tendo em conta que a sua esmagadora maioria são trabalhadores, sujeitos e condicionados a estas vigentes regras da exploração capitalista? Quando borra com tinta branca, (sinal de paz podre), o direito à liberdade de expressão e rasga todas as mensagens do PCP. Estas atitudes inqualificáveis, são indignas, sobretudo vindas do senhor Presidente da Junta de Freguesia.

Graças à hegemonia eleitoral que desfruta, dir-se-ia, que se comporta como um polícia da “ordem, da moral e dos bons costumes”, como que se, a Vila das Aves fosse a sua coutada privada. Quem não se lembra da recente vandalização feita por desconhecidos, da propaganda do PS na Rotunda do Queijo e do PSD no cruzamento da Avenida de Paradela que oportunamente denunciamos, como um acto vândalo próprio de arruaceiros. Pois que eu saiba, ainda hoje se desconhecem os seus energúmenos e atrevidos autores. Pois bem, o senhor Presidente da Junta, não teve qualquer pejo, em entrevista ao jornal Entre Margens, vir reivindicar o seu acto como se vangloriando pela sua vergonhosa proeza, alegando que foi ele que rasgou e borrou com a tal tinta da paz podre a mensagem do PCP. Fica assim provado aos olhos da opinião pública a liberdade e a democracia que esta gente diz defender.

Para terminar importa dizer, que estas atitudes do senhor Presidente da Junta de Vila das Aves, já não nos surpreendem, tendo em conta que não lhe reconhecemos no passado nem no presente, qualquer posição na defesa dos anseios das pessoas. Trata-se por consequência de puro protagonismo pessoal e ausência de respeito e sensibilidade para com a vida social das populações.

Beja Trindade

Saturday, July 31, 2010

CUIDADO COM O CÃO, QUE O DONO ANDA À SOLTA.

BEM-VINDOS,
Após um período de inactividade deste blog por motivos de ordem e afazeres pessoais, eis que finalizadas as "obras", reiniciamos a actividade com novas cores e temas condizentes com a actualidade política local e não só.