Thursday, December 18, 2014

VAMOS FICAR SEM HOSPITAL PÚBLICO ?


 

Vamos ficar sem hospital público ?
Os tirsenses que se cuidem, porque vão ver agravados os preços da saúde !
Mais um atentado, ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).
É preciso dizer NÃO, a mais esta privatização, a este duro golpe do (des)governo do PSD/CDS.
Como dizia José Saramago : "E, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos".

Tuesday, October 21, 2014

OFERTAS DO PRIMEIRO EMPREGO PARA OS JOVENS, NA CALL CENTER, É UMA AUTÊNTICA VIGARICE E CORRUPÇÃO !


Esta empresa do grupo PT, usa de processos fraudulentos e mafiosos, com a colaboração e conivência do Instituto do Emprego e Formação Profissional, na aquisição de funcionários para o primeiro emprego, além de mais, a Call Center, recebe um subsídio do Estado por cada primeiro emprego e metade do salário do novo funcionário é pago pela Call Center e a outra metade é paga pelo Estado, ou seja, dinheiro dos contribuintes, após um breve contrato de trabalho são descartáveis, jogados novamente no desemprego, para dar lugar a novas vítimas, uma autêntica vigarice, praticada por gente sem escrúpulos. O tal "nobre povo e nação valente", importa-se com isto ? Nada ! Despejam o voto de 4 em 4 anos nos partidos como se fossem clubes de futebol, e que as televisões mandaram e no espaço intermédio dos 4 anos, importam-se mais com CR7, Porto, Sporting e Benfica. O eterno Portugal dos 3 Fs, fados, futebol e fátima. Depois, vêem dizer que os políticos são uns malandros. Afinal, estas e outras coisas acontecem porque os políticos, consentem, que o mesmo é dizer, porque o povo consente. Quem os pôs no poleiro ?

Monday, September 8, 2014

O OUTRO LADO DO MUNDO



Começaria por comentar, a forma cruel e sanguinária como foram assassinados, dois jornalistas norte-americanos através da decapitação, aliás, processo usado frequentemente nos tempos da idade média. Ora isto, na época contemporânea, para qualquer ser humano sensato, é extremamente chocante e horroroso. Contudo, importa referir que os americanos também não são nenhuns “santos” no que concerne à violência, nomeadamente através de bombardeamentos indiscriminados sobre populações indefesas, muito embora, com menos impacto na opinião pública comparado com as imagens televisíveis da decapitação de jornalistas. Os bombardeamentos de cidades, aldeias, escolas e hospitais, como aconteceu na Faixa de Gaza, na invasão do Iraque e da Líbia, não deixa de ser uma violência tão ou mais cruel. Quantos seres humanos, homens e mulheres, engenheiros, médicos, professores, trabalhadores e crianças, ficaram desfeitos em pedaços, sem que o mundo se mostrasse tão chocado, como aconteceu agora com a decapitação de dois jornalistas americanos.

A guerra que alastra na Síria, no Iraque e na Líbia, é sem dúvida uma guerra de cariz religioso, cultural e económico. Mas, importa analisarmos as causas que estão na origem destas guerras, que tiveram o seu início com nas manifestações das ditas “Primaveras Árabes” que segundo os seus promotores e apoiantes, tinham por objetivo a implantação de uma suposta democracia nestes países. Por ironia do destino, rapidamente se transformaram em “guerras santas” com vista à formação e implantação de um Estado Islâmico fundamentalista e radical. Em minha opinião, o eterno conflito Israel versos Palestina, está na origem primeira no despoletar desta catástrofe no Médio Oriente, com os grupos radicais conhecidos por jihad islâmica a recorrer a ações de violência extrema. Desde sempre, houve um mal-estar na comunidade árabe muçulmana, em relação ao conflito entre Israel e os países Árabes, juntamente com as sequelas ou resquícios históricos, que vem da Idade Média, em relação à civilização ocidental, segundo a sua religião, cultura e economia.

A existência, de enormes quantidades de jazidas de petróleo nos países do Médio Oriente, foram de facto o detonador determinante desta catástrofe, para a qual se desconhece o seu fim. A guerra, movida pelo autodenominado Estado Islâmico ao Ocidente, tem por inimigo principal os EUA e a Europa, que ousaram despertar um “enxame de vespas” que entretanto estava adormecido, com a ingerência e invasão do Iraque e degolação ou decapitação do seu líder, Saddam Hussein, tudo isto, com a falsa justificação da existência de armas de destruição maciça e para implantação de uma suposta democracia, pelo que se veio a provar, que tudo não passou de uma farsa ou encenação para após a invasão e o trabalho sujo terminado, colocar no Iraque um governo fantoche, com o único objetivo de sacar o petróleo, dado que os negócios petrolíferos entre a família Bush e a família de Osama bin Laden, teriam terminado. A Al-Qaeda, organização entretanto criada e liderada por Osama bin Laden, cujo a sua morte executada pelos americanos, acabou por constituir mais uma acha para a fogueira, ou a gota de água que fez transbordar o copo, um dos elementos mais importantes, senão o mais importante, que contribuiu de certa forma para as ações radicais de terror que hoje assistimos na atualidade, levadas a cabo pelos fundamentalistas da Al-Qaeda e jihad islâmica, sobretudo contra os americanos e europeus.

Os acontecimentos na Líbia, com a intervenção da NATO, dá-se uma situação de ingerência em tudo semelhante, ao Iraque, também aqui, com a finalidade da pilhagem do petróleo, muito embora, aqui não houvesse uma intervenção terreste, mas, apenas uma ação de bombardeamentos aéreos, de apoio aos ditos rebeldes que se “revoltaram” contra Muammar Kadafi. Por ironia do destino, vem-se agora a constatar, o caos criado pelos apoiantes de Kadafi, que entretanto se organizaram e combateram o poder então estabelecido após Kadafi, estes grupos, são agora comandados pela jihad islâmica, com avanços significativos na conquista de cidades e controlo do aeroporto da capital da Líbia, Tripoli. 

Na Síria, país que de há muito tempo estava na agenda e objetivos dos americanos, a sua destabilização para depor o governo de Bashar al-Assad, que era hostil aos americanos. Na Síria, 90% da população professa a religião muçulmana, apenas 10% da população é cristã. O Estado é laico, muito embora, seja um regime autoritário, a verdade é que as minorias são respeitadas sejam elas de que procedência forem. Ora isto, faz toda a diferença comparado por exemplo, com a Arábia Saudita, que é um país em que o Estado é oficialmente muçulmano, regime de uma tenebrosa ditadura onde se cometem atrocidades contra os diretos humanos, em que as minorias religiosas, nomeadamente cristãos são perseguidos, a verdade é que os imperialistas americanos e europeus, são os seus grandes amigos e aliados e não os vejo nada preocupados com a inexistência da suposta democracia neste país. Para dar um exemplo: Ai da mulher, seja muçulmana ou não, que se atreva a andar em público sem um lenço na cabeça. Pois, na europa as mulheres muçulmanas podem usar ou não o lenço na cabeça, sem serem molestadas pelas autoridades.
Voltando ao caso da Síria, afinal, os ditos “rebeldes” que se “revoltaram” contra o governo de Bashar al-Assad com o apoio dos americanos através da CIA, numa primeira fase com a destabilização do país, através da organização de uma agitação popular, aliás, técnicas já conhecidas postas em prática em países hostis à administração dos EUA, e sempre que os americanos pretendam fazer uma ingerência ou invasão. Segue-se numa outra fase mais avançada, o apoio dos americanos e europeus através de dinheiro, e fornecimento de armas modernas para combaterem o regime de Bashar al-Assad. Afinal de contas, veio-se a constatar que os ditos “rebeldes” não passavam de jihadistas islâmicos pertencentes ao Estado Islâmico, disfarçados de combatentes pela suposta democracia. 

Podemos, sem qualquer receio afirmar que os americanos, juntamente com os europeus, fartaram-se de dar tiros nos seus próprios pés, ou seja, contribuíram com as suas irresponsáveis ambições e perigosas aventuras, para o expansionismo do tão temido Estado Islâmico. Agora, foi preciso acontecer a decapitação de dois inocentes jovens jornalistas americanos para reconhecerem os seus erros cometidos. E então, propõem-se agora, fazerem alianças com os seus anteriores principais e perigosos inimigos, apelidados de “terroristas”, ou seja, o regime Sírio, o Irã e até o PKK partido dos trabalhadores do Curdistão, que começa a ser visto com outros olhos pelos americanos, só porque estão na linha da frente no combate ao dito Estado Islâmico. Ainda recentemente, os guerrilheiros do PKK ajudaram a resgatar da ameaça de massacre, dezenas de milhares de refugiados Yezidis e cristãos no norte do Iraque, das garras dos carniceiros do ISIS. 

Até aqui, os americanos não se preocuparam e até toleraram o avanço, dos jihadistas islâmicos na Síria e no Iraque, apenas e só, porque lhes dava jeito, para alcançar o domínio e controlo do petróleo nesta região. Agora, depois do volte face, para além dos americanos, mais sete países europeus e outros países ocidentais, veem desesperadamente a correr, fornecer armas ao exército dos “peshmergas” curdos iraquianos, que até então não lhes davam importância alguma, às suas reivindicações de uma sua “pátria”, que chamam de Curdistão, não têm limites oficiais, mas se estende desde as montanhas Zagros no Irã até a parte do Iraque, Síria e Turquia Oriental.

Dir-se-ia, que os americanos para sacar o petróleo destes referidos países, fazem alianças se preciso for, nem que seja com o “diabo”. Não se trata de contradições, trata-se sim, da ganância própria dos predadores do petróleo.

Se porventura, algum dia o dito Estado Islãmico se vier a disseminar pelo mundo (esperemos que não), podemos dizer que a culpa se deveu essencialmente às irresponsáveis aventuras perigosas, motivadas pela ganância do imperialismo americano e o seu satélite europeu.
(Beja Trindade)

Wednesday, August 6, 2014

RESPOSTA AO MEU AMIGO RUI GRAÇA MOURA


COMENTÁRIO DO MEU AMIGO RUI GRAÇA MOURA
Manuel, não deixa de ser curiosa a maneiro como o meu amigo responde quando interpelado, se a resposta fugir aos cânones da resposta tradicional do P.C.P. ou for incómoda q.b., o Manuel responde com chavões! Se não, vejamos, passo a demonstrá-lo:
• Em relação ao facto de o Hamas ser uma força completamente reaccionária e tudo o que defende estar nos antípodas do que defende o P.C.P e, já agora, o mundo ocidental civilizado, responde absolutamente nada!
• Em relação à CONTRADIÇÃO MONUMENTAL de apoiar um movimento mas não os seus métodos, a sua resposta é igual a zero! E este ponto era o mais importante e aquele que demonstrava como é inconciliável, incoerente, indefensável e frágil intelectualmente o que defende! Essa afirmação é em si mesma refinadamente maquiavélica!
• Quanto à CISÃO provocada no comunismo internacional pela assinatura pela antiga U.R.S.S. do Pacto Germano-Soviético com os Nazis de Hitler – o meu amigo responde absolutamente zero!
• Quanto à prisão de David Olmert que em si mesmo é uma demonstração cabal da força da democracia em Israel– moita carrasco, nada!
• Quanto ao facto de Israel ser uma democracia no meio da barbárie – resposta igual a zero!
• Quanto à eficácia dos Kibtuz versus a ineficácia dos Kolkhoses – comentário zero!
• Quanto ao facto de a esquerda apoiar o Hamas, a única resposta que o Manuel consegue balbuciar é que a esquerda apoia o Hamas – facto que estamos cansados de saber e que não acrescenta nada mas ainda bem que o reconhece, mas o que não diz é que a esquerda apoia o Hamas por preconceito ideológico e por, por princípio, ser contra o que é ocidental e os seus valores, ou não fosse o Ocidente completamente capitalista, sistema em relação ao qual a esquerda está em desacordo por princípio e tudo o que sirva para o fragilizar e fustigar é bom para a causa, já se esqueceu-se da “débâcle” total do comunismo, ou, por teimosia e arrogância intelectual – nunca o quis aceitar, tem a memória curta, o problema é que para apoiar o Hamas tem que negar os principais valores porque diz reger-se, enfim, uma pequena contradição… !
• Quanto à acusação que faz de que “a direita apoia os nazis”, afirmação da sua responsabilidade e que gostaria que me explicasse porque não sei a que direita se refere nem a que Nazis se refere, como sabe, há várias esquerdas, conforme há várias direitas… se se refere ás democracias ocidentais, relembro-lhe que foram elas que em 1945 derrotaram o NAZISMO e o FASCISMO, com o apoio da U.R.S.S., sem dúvida, mas foram elas as responsáveis pelo seu fim… se se refere aos israelitas como nazis, relembro-lhe que eles foram as vítimas do holocausto e que são a única democracia no Médio Oriente, ora, democracia e nazismo são incompatíveis, o nazismo é um regime político totalitário, tal qual o comunismo!
• O actual governo de Israel, tal qual todos os anteriores, foi eleito pelo povo. Se quer dizer que Israel não devia actuar como actua em Gaza – não é essa a opinião dos israelitas que apoiam esta intervenção numa maioria esmagadora – o que não invalida o que já lhe disse várias vezes: é uma calamidade!
• Se me vai falar na votação da maioria no parlamento contra a moção que condenava Israel – já lhe disse várias vezes que não sou advogado de defesa deste governo nem desta maioria, o que não me impede de pensar pela minha cabeça e de não usar chavões!
• Por fim, Manuel, não vale a pena continuar esta discussão se não for capaz de responder a estes pontos que bem sei são incómodos que chegue para si, mas para quem passa a vida a acusar os outros de não responder, convenhamos que dava algum jeito se respondesse… Abraços.


RESPOSTA AO MEU AMIGO RUI GRAÇA MOURA - Caro amigo Rui, vou procurar responder uma vez por todas às questões que levantou. E começaria por ir diretamente ao assunto, sem rodriguinhos como diz. Vai ver que não lhe respondo com “chavões” como me acusa, a menos que defender as minhas ideias, para o meu amigo sejam “chavões”, se assim for, lamento. O Rui, começa por fazer juízos de valor, para não lhe chamar juízos xenófobos ou racistas, quando por exemplo classifica de reacionário o Hamas que foi legitimamente eleito pelo seu povo, um povo cujo a sua cultura nada tem a ver nem de perto nem de longe, com a cultura dos países, classificados por si, de civilizados. Queria lembrar que, estas precipitadas declarações, normalmente são classificadas como declarações da ideologia da extrema-direita. A contradição que diz existir é mais uma falácia sua, uma deturpação do que afirmei sobre o Hamas. O que eu disse, foi o seguinte: a esquerda não apoia os métodos do Hamas, muito embora, eles estejam a administrar a cidade de Gaza com legitimidade democrática, isto quando muito a esquerda apoia o povo de gaza vítima da saga assassina dos sionistas de Israel, que ocupam ilegalmente pela força das armas, um território que não lhes pertence ao abrigo do Direito Internacional. Ora, isto para quem está constantemente a enaltecer o Estado de Direito em Portugal é no mínimo muito estranho que não se preocupe com o Direito Internacional, a menos que o meu amigo, tenha dois pesos e duas medidas para utilizar conforme as conveniências. Para “variar” a URSS, tinha que vir à colação, não fosse o meu amigo um grande detrator dos regimes comunistas. E então, para chocar os leitores menos protegidos quer-nos prendar com o ónus do grande busílis da questão, ou seja o Pacto Germano-Soviético, mas, desiluda-se porque eu tenho outra versão histórica totalmente diferente da sua. É sabido que esse referido Pacto, que diga-se de passagem que é muito utilizado pela direita internacional para tentar denegrir o regime comunista, só que o tiro saiu-lhes pela culatra, vejamos: O Pacto Germano-Soviético, na invasão da Polónia, serviu de catalisador, armadilha, isco, ou cilada, como queira, montada pela U.S. aos nazis. Não foi um pacto tão simples e linear como a direita tenta fazer crer, a própria União Soviética também acabou por ser invadida pelos exércitos nazis, só que tiveram azar. O Pacto Germano-Soviético foi mais do que isso, para além dos países da Alemanha e União Soviética, envolveram-se interesses doutros países, nomeadamente tanto da Inglaterra assim como da França, interesses de ordem territorial e interesses de ordem política e estratégia militar, como se veio mais tarde a confirmar com a derrota dos nazis na União Soviética. Se assim não fosse nada nos garantiria que hoje vivêssemos num mundo livre. Quanto à cisão que refere no mundo comunista, com origem no referido pacto, tornou-se mais uma propaganda dos regimes hostis ao regime comunista, e se alguns intelectuais se afastaram, outros apareceram como é recorrente ainda hoje dentro do PCP. Portanto o alarido da dita cisão não compensou tanto como a direita tenta fazer crer. A prisão de David Olmert, dentro da democracia israelita, não passa de uma árvore a tapar a floresta, mais um simbolismo para produzir os efeitos pretendidos, por exemplo, neste debate. Não sei, mas, possivelmente trata-se de uma “persona não grata” para o regime de Israel. Temos alguns, muito poucos, exemplos semelhantes cá em Portugal, com certas figuras de colarinho branco, vão presas e outras, nem por isso, por maiores crimes, depois de serem detidas, saem em liberdade, como se viu recentemente, com Ricardo Salgado, Oliveira e Costa, Duarte Lima, entre outros. Por conseguinte, o exemplo da referida prisão de David Olmert, na dita democracia israelita, não surtiu o efeito desejado, pelo meu amigo. Diz o amigo Rui, que Israel é uma democracia no meio da barbárie, está enganado, Israel é a própria barbárie. O que se poderá chamar a um país que bombardeia e arrasa, por mar, terra e ar, sistemática e indiscriminadamente casas, escolas, hospitais, provocando para já cerca de 2000 mortos, sendo 1/3 dos quais crianças inocentes. Como se vê, quem são aqui os barbários? Fracamente Rui, o meu amigo parece que vive noutra galáxia, ou então os seus valores de sensibilidade humana, estão muito por baixo. Quanto à eficácia dos Kibtuz, não me prenuncio porque nunca os visitei, mas nem tudo serão rosas. Tal como diz o seu “compagnon de voyage” Ângelo Correia, é um erro crasso tentar comparar a cultura árabe com a cultura ocidental, no fundamental temos que os compreender e respeitar na sua cultura e convicções, sob pena de nos tornarmos xenófobos ou racistas. Numa-palavra: Temos que ser tolerantes. Nunca aqui ninguém disse, que a esquerda apoia os métodos utilizados pela administração do Hamas, não é verdade, o que quer dizer que não colide ou implique com o apoio ao povo mártir de Gaza, aliás, no meu texto essa questão está bem explícita. Mas pode-se dizer à boca cheia, que a direita apoia os métodos xenófobos e racistas utilizados pela administração sionista da extrema-direita de Israel. Isto de meter o nazismo e o comunismo no mesmo saco, não deixa de ser uma patetice ridícula, sobretudo para um historiador como o meu amigo, porque acaba num ápice de adulterar toda a história, sobretudo nas abismais diferenças das práticas ideológicas. Então, como se compreende que o meu amigo reconheça a derrota do NAZISMO e o FASCISMO, com o apoio da U.R.S.S., sem dúvida, e por outro lado venha dizer “que o fascismo é um regime totalitário, tal como o comunismo”, estamos perante uma contradição insanável, sem consistência. Rui, quero-lhe lembrar que os judeus vítimas do nazismo no holocausto, não tem, rigorosamente nada a ver com estes sanguinários que estão no poder em Israel, aliás, há muita gente israelita que não se reveem nestes terroristas da extrema-direita de Israel. Por isso, quando o meu amigo utiliza o chavão da "maioria esmagadora", não deixa de ser um dos seus grandes desejos, porque na realidade o povo de Israel também quer a paz, e recusa-se a ensanguentar as suas mãos, nesta carnificina. Só os fanáticos e terrorista da extrema-direita se vangloriam desta tragédia. Quando o meu amigo apoia a ação dos sionistas de Israel, por muito que queira disfarçar é disso que se trata, e por outro lado vem com “lágrimas de crocodilo” afirmar que o que está acontecer em Gaza é uma calamidade, eu sinceramente, fico baralhado com os seus paradoxos e contradições. Como vê, amigo Rui os seus pontos não são para mim nada incómodos como afirma, dir-se-ia que “o feitiço se virou contra o feiticeiro”. Para terminar espero ter correspondido às suas espectativas, pelas quais tanto ansiava. Um abraço, com amizade
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Monday, July 14, 2014

CARTA AO MEU AMIGO II

Rui, acusa-me de fazer uma descrição grosseira, rudimentar e injusta, só pelo facto de eu não acreditar na isenção dos historiadores, repare que a isenção de um historiador é muito subjetiva, é muito relativa, teria imensos exemplos que comprovam este facto, vou citar apenas um a título de exemplo : Quando assistimos a um acidente rodoviário, temos a nossa narrativa dos factos, outra pessoa que assistiu ao mesmo acidente tem uma narrativa muito diferente da minha. Há variadíssimos fatores de ordem psicológica, ideológica, e emocional, que se traduzem em narrativas diferentes entre historiadores. A História é contada segundo o nosso estado de espírito e a nossa vivência humana. Há um provérbio que diz “ quem conta um conto, acrescenta um ponto”. Quer o meu amigo comparar a História da Revolução Francesa narrada por Jules Michelet, historiador contemporâneo da Revolução, com a mesma História de François Furet que viveu no século XX, e acusa a Revolução Francesa de ser um mito ? Entende o meu amigo, que os historiadores portugueses da atualidade como Fernando Rosas é um historiador, compatível com o historiador Rui Ramos? Muitos mais exemplos podia referir. Toda esta introdução, para identificar os ditos “reputadíssimos historiadores” que o meu amigo referiu, aliás, todos eles reacionários e anticomunistas, uns mais do que outros naturalmente, mas, de todos quero destacar Alexandre Soljenitsin, conhecido figurão reacionário, contra a Revolução Socialista de 1917, na Rússia dos Czares. Quer o Rui convencer-me,que este
 mais escritor do que historiador, foi um exemplo de isenção ao narrar a vida dos dirigentes bolchevistas, sabendo-se que foi um grande opositor ao regime soviético ? Naturalmente, que este homem só podia dizer “bem” dos dirigentes, que viviam que nem nababos e usufruíam de grandes mansões de preferência com torneiras de ouro. Não é assim ? As campanhas da direita para com os ex. dirigentes comunistas, seria o mesmo que o meu amigo Rui passasse a elogiar Sócrates. Vejam só, até onde chega o ridículo desta gente (…) Agora com o mundial de futebol a direita reacionária, para o que lhe havia de dar (...) fizeram uma montagem de um vídeo supostamente com origem na Coreia do Norte, em que o “Querido Líder” Kim Jong- Un , através da TV local, proferia um discurso assim como a Coreia do Norte tinha sido campeã da Copa do Mundo no Brasil, quando todos sabemos que a seleção da Coreia do Norte, nem sequer, ficou apurada para a Copa do Mundo. Vejam lá, ao que chega a estupidez o anticomunismo e reacionarismo desta gente, se isto cabe na cabeça de alguém (…) Depois, vem a direita dizer que foi instituído, que todos os norte coreanos tem de cortar o cabelo como o do seu líder. Já nada me surpreende! A China, era outra fonte de chacota para a direita, agora lambem-lhe as botas. O que esta gente dizia do MPLA, agora lambem-lhe as botas, etc, etc
As cobras e lagartos, que esta gente dizia do camarada Fidel Castro, incluindo as variadíssimas tentativas do seu assassinato por 638 vezes desde a Revolução Cubana em 1959, incluindo a contra revolução com a “célebre” invasão da Baía dos Porcos, pelos americanos, sendo estes rechaçados pelo exército revolucionário de Cuba. E tudo isto, para travar a Revolução Socialista, dificultar a vida aos povos, sobretudo às crianças desses países, com destaque para o bloqueio norte-americano a Cuba, que dura aproximadamente, há 40 anos, onde não existe medicação atempada, e outros bens, só porque este povo decidiu optar por uma economia socialista em que o capitalismo se tornou residual, e é isto, que dói e aflige esta gente que beneficia de privilégios próprios dos países capitalistas, e tem receios que eles acabem.
O que esta gente da direita, logo após a Revolução do 25 de Abril, diziam dos comunistas, por exemplo: Que os comunistas, comiam criancinhas ao pequeno almoço, que os comunistas se fossem ao poder, davam uma injeção atrás das orelhas aos velhos. Afinal de contas, verifica-se agora, que este (des)governo PSD/CDS, come o pequeno almoço às criancinhas, e a senhora Chistine Lagarde, Diretora Geral do Fundo Monetário Internacional, (FMI), que é tudo gente da mesma família política, vem dizer que : “A longevidade é um risco financeiro”. Afinal, quem pretende aqui, dar uma injeção atrás da orelha aos velhos? É já sabido, essa “injeção” está em curso, nos hospitais e centros de saúde, com a falta de medicação nomeadamente nos IPOS, e nas doenças infeto contagiosas, hepatite C, cujo novo medicamento é considerado eficaz na cura desta doença. Afinal, segundo o (des)governo desculpa-se, da não existência desse medicamento por ser muito caro. Cá está, uma forma expedita deste (des)governo resolver o problema à senhora Chistine Lagarde.
Quando no meu texto supracitado procurei dar um exemplo do cronista Fernão Lopes no século XV, que para levar a vida fazia as crónicas favoráveis ao reino, ao qual o meu amigo respondeu que era obrigado a fazê-lo sob pena de lhe mandar cortar a cabeça. Apenas pretendi exemplificar que na contemporaneidade, com as devidas exceções, há, historiadores, escritores e jornalistas, invertebrados que mais não fazem do que cumprir as ordens de quem lhes paga, ou escrevem livros para negociar, e acabam por atirar com a isenção às urtigas, digamos que na atualidade há outras formas subtis, de “cortar cabeças” (…) o pior cego é aquele que não quer ver ! Não será assim ?
Rui, nunca me ouviu dizer ou escrever que o comunismo é impoluto, mirifico, salvador ou redentor, que o comunismo, não tem inconvenientes, naturalmente que os tem, mas, quero-lhe dizer: Que prefiro os inconvenientes do socialismo ao “paraíso” do capitalismo.
Afinal, quem anda aqui a fazer descrições grosseiras, rudimentares e injustas ? Um abraço, com amizade.