Tuesday, August 31, 2010

Mais do mesmo em Santo Tirso (como no resto do País)

santotirsoMais uma empresa que decide encerrar em Santo Tirso, ou melhor um sector (fiação) da Arco Têxteis, que antes se designava Arcofios.
São mais cerca de 50 trabalhadores a engrossar os já milhares de desempregados, que afectam a tão depauperada economia do Concelho.
Continuam a encerrar empresas, sobretudo do sector produtivo, muitas delas tendo recebido fundos comunitários.
O Governo, sobre isto, não fala, não actua, não responsabiliza, deixando que estas práticas. lesivas da economia nacional, continuem impunes.

Sabe é fazer promessas, como, por exemplo, a de que a criação do Call Center iria criar 1200 postos de trabalho em Santo Tirso. A verdade é que só lá estão 350 trabalhadores, sendo cerca de 100 do nosso concelho.

A realidade é outra, é a do constante crescimento do desemprego em Santo Tirso, cujos inscritos no IEFP passaram de cerca de 5500 em Junho de 2008 para 7000 em Junho de 2010, expressando a incapacidade deste governo do PS e das medidas de austeridade acordadas entre PS e PSD para resolver os problemas do emprego no concelho e no país.
Os cortes nos apoios sociais, decididos pelo PS e PSD no quadro das medidas de austeridade fará com que muitas dezenas de famílias tirsenses vejam agravadas as suas condições de vida.
A realidade do concelho de Santo Tirso confirma o que o PCP vem exigindo: a necessidade de uma ruptura e de uma mudança de políticas que assegure a criação de emprego com direitos e a justiça social.
No imediato, face à situação dramática que se vive, com mais de 18% de desempregados em sentido restrito (mais de 20% em sentido lato) e num concelho ainda profundamente dependente do sector TVC (Têxtil, Vestuário e Calçado), a Comissão Concelhia de Santo Tirso do PCP reclama uma verdadeira política de defesa do Sector Têxtil que:
Garanta o rompimento com o modelo baseado nos baixos salários, baixas qualificações e precariedade no emprego;
Aumente os níveis de escolaridade e qualificação dos trabalhadores;
Reforce os apoios da Segurança Social no apoio às famílias atingidas pelo desemprego;
Accione medidas preventivas para as áreas e sectores de risco e garanta apoios financeiros às micro, pequenas e médias empresas descapitalizadas e com desequilíbrios financeiros;
Defenda o mercado nacional e combata as deslocalizações.
Aos trabalhadores e ao Povo de Santo Tirso, o PCP reafirma o seu empenho na luta por uma vida melhor.

Santo Tirso, 24 de Agosto de 2010.
A Comissão Concelhia de Santo Tirso do PCP

Sunday, August 1, 2010

CARTA ABERTA AO SR. PRESIDENTE DA JUNTA DE VILA DAS AVES





De há uns tempos a esta parte, de então para cá, muitos acontecimentos políticos e não só, tiveram lugar a nível nacional assim como a nível local. Começaria por referir apenas e só, os acontecimentos a nível local, e dizer como avense, que me congratulo com a compra do Amieiro Galego pela Junta de Freguesia, assim como, a entrega da devida Quinta dos Pinheiros à Junta de Freguesia, muito embora, não fosse entregue a totalidade da quinta, como inicialmente estava determinado, mas como diz o povo, “mais vale um pássaro na mão, do que dois a voar”.

Reconhecemos sem dúvida, que houve aqui nestes dois casos um trabalho profícuo e meritório do senhor Presidente da Junta de Vila das Aves, a quem desde já, tiro o meu chapéu, muito embora, não fizesse mais nem menos daquilo que lhe competia por obrigação, enquanto Presidente da Junta.

Contudo porém, importa referir que noutras latitudes, nem tudo são rosas quanto à postura e conduta do senhor Presidente da Junta. Espanta-nos, quando por várias vezes reivindicou publicamente “AMOR À TERRA” mas depressa esse propalado “amor”, se converteu em desprezo pelo bem-estar social das pessoas desta mesma terra. E digo isto, sem qualquer tibieza, ou sequer arrependimento. Eu explico:

Quando um partido político denuncia publicamente a degradação da vida social das pessoas, como aliás lhe compete, através de cartazes, mupis ou o que quer que seja, Código do Trabalho, os despedimentos, a desregulamentação de horários, redução de salários, ataque à contratação colectiva, e quando esses cartazes, mupis ou o que quer que seja, são rasgados pelo senhor Presidente da Junta, eu pergunto:

O que pretende esconder o senhor Presidente da Junta? O que será isto senão uma atitude de desprezo pelas condições sociais para com as pessoas desta terra? Tendo em conta que a sua esmagadora maioria são trabalhadores, sujeitos e condicionados a estas vigentes regras da exploração capitalista? Quando borra com tinta branca, (sinal de paz podre), o direito à liberdade de expressão e rasga todas as mensagens do PCP. Estas atitudes inqualificáveis, são indignas, sobretudo vindas do senhor Presidente da Junta de Freguesia.

Graças à hegemonia eleitoral que desfruta, dir-se-ia, que se comporta como um polícia da “ordem, da moral e dos bons costumes”, como que se, a Vila das Aves fosse a sua coutada privada. Quem não se lembra da recente vandalização feita por desconhecidos, da propaganda do PS na Rotunda do Queijo e do PSD no cruzamento da Avenida de Paradela que oportunamente denunciamos, como um acto vândalo próprio de arruaceiros. Pois que eu saiba, ainda hoje se desconhecem os seus energúmenos e atrevidos autores. Pois bem, o senhor Presidente da Junta, não teve qualquer pejo, em entrevista ao jornal Entre Margens, vir reivindicar o seu acto como se vangloriando pela sua vergonhosa proeza, alegando que foi ele que rasgou e borrou com a tal tinta da paz podre a mensagem do PCP. Fica assim provado aos olhos da opinião pública a liberdade e a democracia que esta gente diz defender.

Para terminar importa dizer, que estas atitudes do senhor Presidente da Junta de Vila das Aves, já não nos surpreendem, tendo em conta que não lhe reconhecemos no passado nem no presente, qualquer posição na defesa dos anseios das pessoas. Trata-se por consequência de puro protagonismo pessoal e ausência de respeito e sensibilidade para com a vida social das populações.

Beja Trindade