Tuesday, January 25, 2011

Cavaco amigo, o povo está contigo.

Governo prepara dois mil despedimentos nos transportes

25 de Janeiro, 2011Por Frederico Pinheiro

As empresas de transportes públicos preparam o despedimento de 1949 trabalhadores. O Governo admite que a preocupação central é a sustentabilidade das empresas.

«O ajustamento laboral» será uma das medidas tomadas pelas empresas de transportes públicos, afirmou hoje o ministro dos Transportes. «Damos uma grande importância à sustentabilidade económica das empresas. É importante manter os empregos, mas para isso as empresas devem ser sustentáveis», observou António Mendonça, no Parlamento.

No total, estão a ser preparados 1946 despedimentos no sector. O Governo admite assim que o recurso ao «ajustamento laboral» é uma necessidade das empresas públicas de transportes.

A CP - Comboios de Portugal será a que mais cortes vai efectuar, estando previstos 815 despedimentos, este ano.

Também na ferrovia, a empresa de manutenção EMEF vai cortar 468 postos de trabalho e a CP Carga mais 60.

Nos transportes públicos urbanos, a STCP, do Porto, prevê despedir entre 100 a 120 funcionários. A sua homóloga de Lisboa, a Carris, vai atirar para o desemprego cerca de 150 pessoas.

Em curso estão já 336 despedimentos na Groundforce, responsável pela assistência em terra nos aeroportos.

Sunday, January 16, 2011

A Revolução da Tunísia e a contra-revolução

A morte de um jovem estudante vendedor ambulante que se imolou pelo fogo, em protesto pela polícia o proibir de vender nas ruas, foi a «faísca» que deu origem à Revolução da Tunísia, contra um presidente e um governo corrupto que se perpetuava no poder, há vinte e três anos.

Mas, esta revolução tal como todas as outras, incluindo a Revolução Portuguesa do 25 de Abril, apelidada agora, pela contra-revolução de «Abrilada», não fogem à regra, isto é, de imediato e após o sucesso verificado, com a rápida fuga desordenada do presidente ditador Ben Ali.

Foi notável ver, tal como após o nosso 25 de Abril , o início do começo da contra-revolução, manifestada através de presentes envenenados de supostos rasgados elogios de coragem e heroicidade ao povo tunisino, vindos de quem vem, por experiência própria, sabemos muito bem, o que esta gente pretende com estes «rasgados elogios». É sabido que o pior está para vir, os tunisinos que se cuidem.

A Revolução da Tunísia, foi fundamentalmente organizada pelo povo e dirigida contra uma oligarquia capitalista que esmagava aquele povo há vinte e três anos. Como alguém dizia, o capitalismo não dorme em serviço, e tudo fará paulatinamente para numa favorável oportunidade esmagar a Revolução Tunisina, alegando e justificando como sempre o pretexto da falta de liberdade. Naturalmente, como sabemos usará para o efeito instrumentalização de homens ligados direta ou indiretamente à Revolução, tal como no nosso 25 de Abril, para criar numa primeira fase a divisão da população e finalmente o esmagamento total da Revolução.

Estas práticas, infelizmente são bem nossas conhecidas, utilizadas na contra-revolução Portuguesa, com desfecho fatal no 25 de Novembro, que nos levou à presente situação de penúria social.

Saudações ao POVO da Tunísia.

Wednesday, January 12, 2011

José Afonso - Os Vampiros (ao vivo no Coliseu)

DIZ-ME COM QUEM ANDAS, QUE EU DIGO-TE QUEM ÉS.


O vergonhoso auto elogio de Cavaco:

Nunca me engano e raramente tenho dúvidas ?
Está para nascer o homem, que seja mais honesto do que eu ?
Quem houver de ser mais honesto do que eu, tem que nascer duas vezes ?

Saturday, January 8, 2011

Zeca Afonso - As sete mulheres do Minho



CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA
Artigo 21.º
Direito de resistência

Todos têm o direito de resistir a qualquer ordem que ofenda os seus direitos, liberdades e garantias e de repelir pela força qualquer agressão, quando não seja possível recorrer à autoridade pública.

Friday, January 7, 2011

Como é fácil ser juíz em causa própria.

Desejos de uma rotura com a política atual, e que seja criada uma Nova Política, que nos proporcione um melhor ANO NOVO para todos.


Esta, foi a frase que escrevi como um desejo a alcançar no ANO NOVO, contudo, reconheço que não passará de mais um mero desejo, uma mera quimera ou utopia, se considerar-mos a constante apatia, a estática, o cansaço de tanta beborreia oratória, de retóricas infindáveis que temos vindo a assistir no comportamento dos políticos portugueses.

Os acontecimentos mais recentes, mostram-nos como os portugueses reagem de forma profundamente descontente e até revoltada, com as medidas gravosas de austeridade, levadas acabo por este governo do PS, com o apoio do PSD/CDS : aumento do IVA, corte dos abonos de família, cortes de salários, congelamento das pensões de reforma, etc, etc…

Mas, na realidade com o tempo, toda a gente acaba por se acomodar, á ideia vinculada pelos órgãos de informação dominados pela burguesia e suas instituições, de que afinal de contas, estamos atravessar uma fase económica e financeira muito difícil e que a culpa é do mercado internacional em abstrato, escondendo e abafando a gatunagem que campea à rédea solta, particularmente nos bancos portugueses, sem que nada aconteça.

O dinheiro que essa gatunagem de colarinho branco, roubou no BPN e BPP, está agora a ser reposto com o dinheiro dos contribuintes, melhor dizendo, com o nosso dinheiro. Dizem eles, a burguesia, que teria de ser assim, porque se assim não fosse, podia ter acontecido um «efeito de dominó». Os portugueses, mais uma vez lá tiveram que engolir este «sapo vivo», e de sapo em sapo, chegamos a esta situação vergonhosa de um país à deriva, sem futuro, sem empregos.

Depois como a cereja em cima do bolo, ou como que um bálsamo, vêm as instituições religiosas apelar, como sempre, à resignação, ao amor, ao espírito da caridadezinha, o que não passa da uma mera hipocrisia, e um certo conceito de colaboracionismo de sempre.

Mas, desiludam-se aqueles que julgam que o governo é o único culpado, não se esqueçam da justiça e as suas leis, que quanto a mim, são a chave-mestra deste problema.

Importa lembrar, que quem faz e aprova as Leis para a dita «justiça», são os deputados da maioria na Assembleia da República.

Como podem ver, é fácil ser juiz em causa própria…