Thursday, March 26, 2009

JORNAL DE VILA DAS AVES, OU DA CÂMARA DE SANTO TIRSO ? (II)

A meu ver, teima o Entre Margens jornal que se pretende plural e isento a baralhar e a dar cartas novamente em ano de eleições, ao Presidente da Câmara, Castro Fernandes.

No passado ano de 2007, publiquei um “Poster”neste blog, com o mesmo título, se bem se recordam, chamei a atenção para a estampa de 9 (nove) fotografias de Castro Fernandes numa só edição.

Pois bem, essa crítica caiu em saco roto.

Então não é, que continua Castro Fernandes a ser o campeão das fotos, só na última edição do jornal, já lá vão 5 (cinco), com tendências a aumentar, conforme se aproximam as eleições, isto, para não referir o conteúdo do jornal.

Por muito que tentem fazer crer, não se trata aqui de qualquer ingenuidade.

É de lamentar e referir a tão propalada isenção do seu director, obtida em fóruns jornalísticos, quando na realidade não passam de meras operações de contorcionismo político.

Tuesday, March 24, 2009

IDEIAS À SOLTA

O passado é morto, só tem valor histórico,
A vida é o presente e o futuro!

Thursday, March 19, 2009

Sophia de Mello Breyner Andresen



Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.

Tuesday, March 10, 2009

ESPERANÇA E CONFIANÇA

Por aquilo que me é dado a entender, o que resta desta profunda crise do capitalismo, é nem mais nem menos um grande vazio, desânimo e resignação das pessoas, perante todos os atropelos e indignidades que são cometidos pelo poder público e privado, em nome da crise. É sabido, que a tão falada crise e sobretudo a sua propaganda, é de facto, o instrumento mais valioso e apropriado para o poder melhor subverter os valores e direitos de uma sociedade. Não será por acaso, que vemos grandes empresários aproveitarem-se impunemente da crise, para despedir trabalhadores a seu belo prazer. Nunca depois do 25 de Abril se viu tanta injustiça junta, praticada pelo poder como agora.
Veja-se, a aprovação do recente Código de Trabalho, que vai a partir de agora funcionar como um instrumento ao serviço de uma maior exploração dos trabalhadores, o mais caricato é que este novo Código de Trabalho aparece pelas mãos do Partido Socialista como um embuste, de forma matreira para combater a crise (dizem), ou seja, os trabalhadores vão ser mais uma vez castigados como se fossem eles os autores e culpados desta crise, enquanto os verdadeiros culpados pavoneiam-se nos chiques salões perfumados da burguesia com a conivência, pelos vistos, da justiça e do governo. Coitados dos ricos, que têm perdido tanto dinheiro nas bolsas ou casinos.
É por demais conhecido e frequente ouvir as pessoas dizerem: Votar para quê? São todos iguais! Na verdade, se repararmos melhor não será bem assim. Para aqueles que se sentem enganados ou defraudados com as práticas políticas dos partidos que levaram este país à presente situação de penúria, resta-lhes, não o desânimo e resignação, mas sim, a busca de novas soluções ou opções existentes no panorama partidário, porque não basta lamentar-nos e continuarmos a usar as velhas receitas que já provaram não dar resultados. Se queremos a mudança efectiva de vida, temos de votar o nosso descontentamento nas urnas, caso contrário, teremos mais o mesmo.
O único momento em que o povo é chamado a decidir, é nas urnas eleitorais, fora disso, o povo não é ouvido nem achado para coisíssima nenhuma, por isso, o voto é de facto um acto e uma decisão muito importante, que deverá ser praticado não de ânimo leve, mas, com muita lucidez e espírito de solidariedade, que se traduza num melhor futuro para todos nós.
Por exemplo: Tem sido prática corrente em anos de eleições autárquicas, assistirmos ao aparecimento de candidaturas fictícias mais ou menos encomendadas, com promessas mediáticas de ilusões, que apenas tem por objectivo e finalidade subverter o resultado final, favorecendo o poder instalado em Santo Tirso. A presente e grave situação, não se compadece destas práticas políticas ditas independentes, encapotadas, que apenas, servem para desacreditar ainda mais a democracia e dividir, para alguém continuar a reinar.