Wednesday, January 28, 2009

ESPERANÇA E CONFIANÇA

Os consumidores de água da rede pública, foram surpreendidos por uma carta com a data de Dezembro de 2008, enviada pela Indáqua, a notificar o pagamento de mais uma dita “Taxa de Recursos Hídricos” (TRH) e como se não bastasse, vamos pagá-la com efeitos retroactivos a partir do dia 1 de Julho do ano 2008, então, porque só agora é aplicada? Ou seja, prometeram-nos o fim das taxas de contadores, mas, logo de seguida utilizaram um truque, mudando-lhe o nome para Taxa de Disponibilidade da Água, não só, não acabaram com a taxa dos contadores, como aplicaram outra taxa (TRH), através do Decreto-Lei nº 97/2008 de 11 de Junho.
Trata-se como é óbvio, de mais uma cedência deste governo/Sócrates, aos “lobies” das empresas privadas concessionárias do abastecimento e tratamento de águas residuais deste país.
Não basta a actual situação de crise e penúria em que nos encontramos, como ainda por cima somos sobrecarregados com mais taxas ou novos impostos a seu belo prazer, numa verdadeira atitude de quero posso e mando e ai daquele que se recuse a pagar esta nova taxa, porque será imediatamente ameaçado e chantageado com o corte do fornecimento de água á sua habitação, estamos assim, perante uma atitude de um autêntico “ferrete económico”, imposto por “decretos-leis” que saem como se costuma dizer em catadupa, pela “porta do cavalo”, sem passar pela Assembleia da República.
O abastecimento de água que temos no nosso concelho, passou de público a privado como é sabido, ou seja, passou a água a ser um negócio pegado, graças ao acordo feito entre PS E PSD/CDS, na Assembleia Municipal de Santo Tirso, com a discordância da CDU, era sabido que mais tarde ou mais cedo, estas surpresas eram esperadas e para aqueles que na devida altura concordaram e apoiaram a privatização do abastecimento de água, agora que se limpem a este guardanapo e outros que lhes seguirão.
Mas, desiludam-se os adeptos das privatizações, os adeptos do capitalismo, que pelo andar da carruagem, o tempo encarregar-se-á de demonstrar, como já está a verificar-se a nível mundial, que as privatizações têm os dias contados.
Há por ventura criaturas nossas conhecidas, que nos procuram incutir a ideia da cultura da resignação, da obediência e da fatalidade, mas em democracia temos direito a exercer a cidadania, temos direito á indignação, á reclamação e ao protesto, não devemos ficar apáticos, passivos e indiferentes a estas atitudes prepotentes levadas á prática por aqueles que nos desgovernam, que antes de eleições, sejam elas, autárquicas ou da República, nos prometem mundos e fundos e depois no poder “cantam de galo” como se fossem os donos do poleiro.
Mas, perante este atoleiro e este enorme desastre em que nos meteram, mesmo assim, apesar de tudo, temos a esperança e confiança que “sim é possível uma vida melhor!”

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