Tuesday, April 14, 2009

COMENTÁRIO EM DESTAQUE


Boas tardes,
Penso que, tal como é descrito pelo 1.º anónimo, o medo da teia de influências do Castro Fernandes é bem real e não apenas um devaneio dum círculo restrito de tirsenses. E esse medo poderá até condicionar o sentido de voto porque “se ele não ganhar, ainda me tiram a licença para construir…”, ou “se ele não ganhar, o meu filho perde o emprego”. Como se pode compreender, não é fácil falar destes assuntos abertamente e, por isso, ficam escondidos por essa temerosa “teia de cumplicidades”. Ora, como normalmente só se descobrem estas “tramóias” quando mudam os governantes, há também o medo de que venham “os outros” para retaliar e alterar o "statu quo".
Acrescente-se a isto o facto de vivermos, claramente, tempos de todos os medos que nos levam a aceitar, sem contestação, todas as atrocidades que nos querem impor. Há o medo de perder o emprego, de não termos dinheiro para comer, medo de sermos assaltados, da violência que cresce por todo o lado, medo das máfias e dos poderosos, o medo do professor de castigar um aluno, medo da inoperância da nossa polícia e do nosso estado de direito, medo de não ter saúde e de ir parar a um hospital público onde o estado resolveu desinvestir, medo da crise que veio para ficar, medo, medo e mais medo!
Não é por acaso que as doenças do foro psiquiátrico proliferam e já foram consideradas as doenças deste século.
Este medo trás também o individualismo, o “safe-se quem puder” e o alheamento da causa pública e da solidariedade para com os nossos concidadãos. Em ultima analise, acumulado com este esvaziamento do papel do estado que teima em privatizar indiscriminadamente, começa-se também a perder a noção de pátria. Pagar impostos começa a ser visto numa perspectiva individualista e não como uma mais valia para que Portugal se torne num país onde nos sintamos verdadeiramente “em casa”. Por outras palavras, se viessem os espanhóis fugíamos todos!
Mas deve ter sido por isso que o Beja Trindade intitulou o seu texto de ESPERANÇA E CONFIANÇA:
- Haja esperança em que as coisas mudem, não para mais do mesmo, mas para melhor!
- Que venham governantes mais sérios e honestos!
- Que sejam humildes!
- Que venham para servir o povo e não para dele se servirem!
- Que venha quem contribua, efectivamente, para a despoluição do Ave e do Vizela e que, com isso, promova o turismo e o emprego na nossa bela terra!
- Que venha quem nos traga mais espaços verdes que melhorem a qualidade do ar que respiramos!
- Que venha quem trate do essencial e deixe de lado o supérfluo!
- Que venha quem lute pela reabertura da maternidade pública com todas as condições que nós, as gentes trabalhadoras do concelho de Santo Tirso, tanto merecemos!
- Que venha gente que se preocupe apenas em promover e valorizar a qualidade de vida dos tirsenses!
Esperança e confiança em que os tirsenses percam o medo e que queiram ser mais felizes!


Comentário da autoria de utopia said...

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