Tuesday, July 17, 2007

EXIGIMOS MELHOR AMBIENTE


O ambiente que nos tentam vender, mais se assemelha a gato por lebre, vem isto, a propósito

dos ensaios sobre a cegueira, com a areia que nos querem atirar aos olhos.

Nos últimos tempos, tem vindo a público uma panóplia de “iniciativas” sobre o ambiente emanadas da Câmara Municipal que a serem levadas a sério até podiam ser positivas, mas infelizmente, apenas se fica por mais uma operação de cosmética e sobretudo de show-off.

Recentemente, tive oportunidade de ler uma entrevista feita ao senhor Presidente da Junta de Vila das Aves pelas alunas Adriana e Mariana de 11 anos de idade, da Escola Básica Integrada Aves / São Tomé de Negrelos para os Jovens Repórteres do Ambiente, em que o Senhor Presidente da Junta se prontificou a colaborar e ajudar no âmbito de um melhor ambiente para todos.

Contudo, seria bom que passasse do plano das boas intenções, para a acção concreta por exemplo, no combate ás lixeiras, como autoridade democrática da Terra, tem mecanismos que pode muito bem accionar, para isso, basta haver vontade e sensibilidade.

Outra questão que nos parece importante, é a ausência do controle de qualidade das águas das nascentes por exemplo do fontanário de Sobrado, água que tinha periódico controle de análise pela Câmara Municipal, deixou de o ter a partir do momento que foi feito o negócio da concessão com a empresa privada Indáqua, nunca mais foi feita qualquer análise à água, muito embora a população continue a consumir esta água.

Para cúmulo foi colocada no fontanário, (ver foto) uma chapa com os timbres da Câmara Municipal, Indáqua e (pasme-se) Autoridade Concelhia de Saúde, com a seguinte informação: “ÁGUA NÃO SUJEITA A VIGILÂNCIA E CONTROLE DE QUALIDADE”.

Lá que a Câmara e a Indáqua façam o negócio da água como um bem público, o povo que tire as suas ilações, agora a Autoridade Concelhia de Saúde, pactuar e demitir-se das suas funções específicas de zelar pela saúde pública, aí , fico apreensivo e não compreendo como é possível isto acontecer, sem que ninguém levante uma palha, estou-me a lembrar por exemplo da passividade da nossa Junta de Freguesia perante este acontecimento que nos parece no mínimo estranho e ridículo.

A nosso ver, tudo isto acontece porque está implícita uma questão de política de consumo de água pelas populações, mais concretamente das duas, uma “ou consomes água da Indáqua, ou corres o risco de consumires água inquinada do fontanário”!

Então, a solução mais consentânea com os interesses da Indáqua, é sonegar ás populações o controle de qualidade da água de um fontanário público, que na força do verão abastece muita e muita gente, tudo isto, com a conivência da Câmara Municipal , Junta de Freguesia e Autoridade Concelhia de Saúde, por se manterem

impávidos e serenos.

Depois tentam-nos convencer que estão lá, para nos servir!!!

Não será esta situação uma questão ambiental de saúde pública ???

1 comment:

Anonymous said...

Concordo:

- Sendo o abastecimento da água, indubitavelmente, um bom negócio, porque não ficou a Câmara com ele? Não quer ter trabalho? Não quer ganhar dinheiro? Será corrupta?

E mais digo:

- Despoluir o Ave significa também despoluir o Vizela e outros afluentes. Significa um grande trabalho de sensibilização e de procura de soluções que resolvam o problema, o mais possível, junto da sua fonte. Deve ser reivindicada a ajuda e os financiamentos europeus para que as nossas empresas possam tratar dos seus resíduos localmente sem terem de "fechar as portas" com custos incomportáveis! Nós, como europeus tão europeus como os outros europeus, temos esse direito, tal como eles já têm! Não temos, infelizmente, é políticos que os reivindiquem.

- A qualidade do ar, no futuro próximo, irá ficar bem pior, com a construção, em pleno centro de Santo Tirso, do Centro de Atendimento a Clientes da PT (que dará emprego a 1200 viaturas, perdão, jovens) e de um hospital privado. Será que existe alguma estratégia de urbanismo nesta cidade?

- Veja-se também, por exemplo, a Rua Luís de Camões. Cada prédio tem a sua altura diferente da dos restantes. Lado a lado encontram-se edifícios de quatro e de doze andares (!!!). E o que fez a Câmara Municipal para tentar corrigir esse atentado ao urbanismo bem no coração da cidade e numa zona já excessivamente povoada e perto da confusão provocada pela feira semanal? Permitiu, ainda recentemente, que se construíssem dois novos edifícios residenciais em terrenos que deveriam ter sido convertidos em espaços verdes. E, pelos vistos, irá continuar a permitir novas construções nas proximidades!

- A promoção e a valorização da qualidade de vida dos tirsenses deveria ser a preocupação fundamental por de traz de cada acção da Câmara Municipal. Será que não conseguem sequer ver o óbvio?