Saturday, August 4, 2007

“A ÉTICA A MORAL E OS BONS COSTUMES”

Todos temos direito a expressar a nossa opinião, para o efeito utilizo este blog, como meio de comunicação, porque não há qualquer tipo de restrições, como existe noutros meios porventura mais controlados, mas ao mesmo tempo, mais acessíveis junto da opinião pública da nossa Terra.

Esses meios que eu identifico de mais acessíveis em comunicação, são como possivelmente já se aperceberam o Jornal da nossa Terra, ora aí, só alguns poucos têm acesso a expressar a sua opinião, quer de ordem política, religiosa ou social, mesmo que esteja em causa uma questão de equidade em termos de política partidária em vésperas de actos eleitorais como já aconteceu, posso prová-lo.

Tem havido tentativas por parte de alguns poucos pseudo moralistas e campeões da ética e dos bons costumes, que tresanda à bafienta velha ordem ética moral já nossa conhecida, que serviu de mote à criação da censura em Portugal no tempo da “outra senhora”, que contribuiu e de que maneira para sufocar e atrofiar este país.

Agora eu pergunto:

A que propósito se tecem comentários mais ou menos velados, sobre o tema em epígrafe, através do Jornal da terra, Entre Margens?

Como vêm, há sempre os “Velhos do Restelo” que puxam para trás, com argumentos de choque, que quem critica a acção e as atitudes de pessoas que ocupam cargos de instituições públicas, estão a “achincalhar e a rebaixar, com preconceitos e sentenças condenatórias”, todos estes adjectivos são referidos no Jornal, de uma forma gratuita pelo tal “campeão da ética e da moral pública”, estes sim, com o objectivo de achincalhar e intimidar as pessoas que utilizam a crítica como denúncia para que haja mais justiça, trata-se como é óbvio de uma forma refinada de intimidar o livre acesso á crítica feito por avenses através do Jornal e outros meios de comunicação, naquilo que em sua opinião não será o mais correcto, no que diz respeito à causa pública.

A crítica quando certeira e objectiva, não diminue ninguém, nem será essa a finalidade de quem critica de diminuir quem quer que seja.

Os atingidos pela crítica, só tem que reagir respondendo e mais nada, porque quem cala consente, não tem que passar procuração a ninguém, nem utilizar advogados de defesa.

O que menos há nesta Terra é crítica, (não confundamos com bisbilhotice) não tenham dúvidas, porque se houvesse mais crítica possivelmente teria-mos mais progresso e desenvolvimento, porque uma terra onde não haja crítica nem protestos é uma terra parada, apagada e estagnada.

Não venham agora dar lições de ética e moral envernizada, porque se um dia o verniz estalar, teremos muito para ver.

Gostava que me explicassem, quais os critérios das “boas e más” críticas, faz-me lembrar o conhecido chavão da “crítica construtiva e destrutiva”, claro está, que estes critérios são sempre de ordem subjectiva e pessoal, naturalmente que quem é criticado diz que a crítica é destrutiva, quem é louvado diz que a crítica é construtiva.

Talvez por uma questão de ordem cultural, enredamo-nos muito com as questões acessórias e facilmente perdemos de vista o essencial, muitas das vezes, porque nos dá jeito.

Para finalizar, entendo que há nesta nossa Terra, mais razões de sobra para nos preocupar, por exemplo com o desemprego, do que andar com lições da “Ética da Moral e Bons Costumes”.

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