UMA VERGONHA!!!

Câmara Municipal de Santo Tirso usa carências económicas das famílias do concelho para se promover

No passado dia 25 de Abril, a Câmara Municipal de Santo Tirso incluiu no seu programa de comemorações da Revolução a entrega das Habitações Sociais na Freguesia de São Mamede de Negrelos que, de acordo com os contratos existentes, deveriam ter sido concluídas em Dezembro de 2003.

Segundo refere o sitio da Câmara na Internet, “cumprindo com um dos preceitos constitucionais conquistados com a revolução dos cravos – o direito a uma casa condigna - a Câmara Municipal de Santo Tirso entregou mais 18 habitações sociais a outras tantas famílias carenciadas do concelho.”

Acontece que as casas entregues não têm luz, nem água, nem gás e está ainda a ser exigido aos moradores que paguem as taxas de ligação, apesar de a Câmara continuar a ser a proprietária das habitações.

Em função disso, as 18 famílias que receberam as chaves continuam a não poder ter acesso a uma casa condigna, ao contrário do que afirma a Câmara!

A Câmara Municipal e a maioria absoluta PS que lhe preside prestou desta forma um péssimo serviço à Democracia e à Revolução do 25 de Abril ao servir-se das famílias carenciadas para fazer propaganda.

A Comissão Concelhia de Santo Tirso do PCP considera profundamente vergonhoso e escandaloso que a Câmara tenha tido este comportamento.

No entanto, este é um reflexo de uma gestão esgotada, que já não tem ideias nem projectos para fazer face à grave crise económica e social em que se encontra mergulhado o concelho e para a qual os sucessivos governos têm dado um contributo crucial, em particular o actual governo PS que promoveu o encerramento de inúmeros serviços públicos (Maternidade, Urgências Cirúrgicas, Finanças nas Aves) e assiste passivo ao encerramento de empresas.

O PCP reafirma o seu empenho na construção de uma verdadeira alternativa política que esteja ao serviço das populações, uma alternativa capaz de contrariar o rumo deste concelho onde nos últimos 5 anos foram destruídos mais de 6000 postos de trabalho. Esta alternativa só é possível com o reforço do PCP.

Santo Tirso, 30 de Abril de 2008

O Secretariado da Comissão Concelhia de Santo Tirso do PCP

Vilarinho: Comemorações do 25 de Abril

Termas do Amieiro Galego à espera de recuperação

Ana Correia Costa

"Ainda sou do tempo em que se tomava banho na barraca de madeira", recorda Manuel Trindade, 62 anos, cidadão preocupado com o futuro das antigas termas de águas sulfurosas do Amieiro Galego, em Vila das Aves, Santo Tirso. Desactivadas em 2000 pela Autoridade Concelhia de Saúde, por funcionarem sem autorização legal, as instalações estão abandonadas e totalmente degradadas além de uma visível vandalização, algumas enchentes do rio Ave ajudam à deterioração de um sítio que terá sido usado pela população, durante mais de um século, para fins terapêuticos. "Os médicos indicavam estas águas para o tratamento de doenças de pele", atesta Manuel Trindade.

Aliás, o departamento de Hidrogeologia do Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI), que efectuou uma visita ao local em Setembro de 2004, garantiu a este morador que "a água da nascente do Amieiro Galego tem muito boas possibilidades de vir a ser qualificada como "água mineral natural, e ser usada em termas". Porém, "o estado actual da captação do Amieiro Galego não oferece garantias para a conservação da necessária estabilidade que a água tem de apresentar", sendo "essencial a substituição da captação actual", esclareceu ainda, por e-mail, o INETI.

Problema com terreno

No entanto, uma eventual recuperação das termas depende do desfecho de um imbróglio relativo à propriedade do terreno, que pertence à Sampaio Ferreira, uma têxtil de Riba d'Ave, em processo de insolvência.

Apesar de a Junta de Freguesia das Aves ter explorado o equipamento por largos anos apenas com autorizações anuais daquela empresa, a verdade é que nunca conseguiu a sua posse administrativa ou legalização como estabelecimento termal - funcionou sempre em regime "caseiro", afirma Manuel Trindade. Todavia, a Junta ali ergueu, na década de 1960, pequenos balneários.

A CDU de Santo Tirso diz que as termas poderiam "potenciar o desenvolvimento económico do concelho", e Jaime Toga sugere que a Junta aproveite o leilão dos bens da têxtil para adquirir o terreno. Mas o líder da freguesia alega não haver verbas. Carlos Fernandes acrescenta que, "se a água estivesse registada, dificilmente uma entidade privada tomaria conta das termas".

Extrato do Jornal de Notícias

Estudo da Marktest confirma

Santo Tirso com maior taxa de desemprego

Uma análise dos dados do IEFP, disponíveis no sistema de informação Sales Index da Marktest, mostra que o concelho de Santo Tirso é o que apresenta maior taxa de desemprego entre os seus residentes.

Ler mais: http://www.marktest.com/wap/a/n/id~105e.aspx

BAIONA: Ex-trabalhadores aguardam pagamentos e direitos há 5 anos

Terça, 8 de Abril de 2008

Dezenas de ex-trabalhadores da Baiona, em Vilarinho – Santo Tirso, responderam à convocatória do PCP e compareceram junto das instalações da empresa para reclamarem por uma rápida resolução da falência da empresa.

Cinco anos após a paralisação da empresa e do completo abandono das instalações, sucederam-se nos últimos meses vários roubos que têm vindo a delapidar o património. Foi também com preocupação que os ex-trabalhadores receberam a notícia do adiamento do leilão das instalações da empresa, inicialmente previsto para a próxima sexta-feira, dia 11 de Abril.

Entretanto, permanece pendente uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça quanto à graduação de créditos, em que os trabalhadores aguardam que não vá mais uma vez beneficiar os Bancos e outros credores, que sempre ganharam nos negócios com a BAIONA em detrimento dos trabalhadores que em alguns casos têm 30 e mais anos de dedicação e trabalho, que têm salários que não foram pagos bem como as devidas indemnizações por perca de direito ao trabalho, única fonte de rendimento.

Assim, os trabalhadores presentes nesta iniciativa do PCP decidiram que:

1. Estarão presentes e farão ouvir a sua voz para que o leilão não deixe de proceder á venda dos bens, por valores que dignifiquem todos os que neles estão interessados.
2. Participar na Jornada de luta da CGTP-IN “o Aviso Geral” a levar a cabo no dia 16 de Abril, reivindicando e reclamando celeridade na solução do problema.
3. Reclamar do poder judicial e legislativo que tenham em consideração a injustiça que se verifica quando nos processos de falência os trabalhadores Vêem-se preteridos na graduação de créditos apesar de em quase todos os casos terem meses de salários em atraso, subsídios por receber e indemnizações não pagas.

Num concelho onde a taxa de desemprego é próxima dos 20%, onde há muitas famílias a viver abaixo do limiar da pobreza e os problemas sociais se agravam, é da maior importância a resolução desta situação no respeito pelos direitos dos trabalhadores.

Que não sejam os bancos a ter prioridade no acesso ao resultado do leilão das instalações da empresa!

Extrato de notícia do PCP Santo Tirso