Wednesday, June 18, 2008

ALEGREMENTE FALANDO

Quinta-feira, 19 de Junho de 2008

Manuel Alegre escreve hoje um artigo no DN sobre a NÃO da Irlanda à burla "porreiro pá!" e a que chamam pomposamente de Tratado Lisboa. Nesse artigo, entre outras coisas escreve o seguinte:

"Como já tive oportunidade de notar, este tratado não se limita a simplificar as regras de funcionamento da UE, mas altera, uma vez mais, os equilíbrios de poder no seio da União, em favor dos Estados mais populosos."

...

"A Europa não pode degenerar numa espécie de despotismo iluminado imposto aos povos por via burocrática, à socapa, quase às escondidas. E a Irlanda não pode ser encarada como uma nação mal comportada, que é preciso castigar por ter cometido a heresia de dar a palavra ao povo."
...

"Porque não há Europa sem respeito pela diferença. Não há Europa sem democracia. Não há Europa contra os cidadãos."

Muito bem! Diria até que me revejo totalmente nas palavras de Manuel Alegre.

Consultando o sitio de Manuel Alegre na internet podemos ler no cabeçalho:

"Não há Europa sem respeito pelos cidadãos"

Muito bem! Faço minhas as suas palavras.

Só que... depois vamos consultar as suas acções e...

O mesmo Manuel Alegre que diz e escreve tudo isto, é o mesmo que no dia 23 de Abril deste ano, votou a favor do "Tratado porreiro pá!" no Parlamento Português!

É o mesmo que com o seu voto favorável, foi cúmplice directo da trapassa que o seu amigo Sócrates e os seus amigos do PS inflingiram ao povo português.

É o mesmo que com o seu voto favorável, concordou em que o Tratado fosse votado no parlamento e não pelos cidadãos.

É o mesmo que com o seu voto favorável, contribuíu para que os cidadãos portugueses não tivessem oportunidade de se pronunciar sobre o Tratado em referendo.

Ou seja, fez tudo ao contrário do que escreve nas belas prosas para os cidadãos lerem.

E ainda depois querem que eu dê credibilidade a este senhor Alegre.

Ou ainda, que aplauda uma certa esquerda, também Alegre, que lhe dá cobertura dizendo que assim se faz a convergência das esquerdas.

Quais esquerdas???

As de utilidade para o poder dominante???

AH!!! Essas sim! Aliás, para a convergência dessa esquerda já só lá falta o PS.

Já não há pachorra para tantas palavras ao vento...



publicado por vermelho vivo às 00:19

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