Num momento particularmente difícil, em que assistimos à maior ofensiva de sempre com a nefasta ajuda deste governo PS/Sócrates contra os direitos conquistados pelos trabalhadores e pelo Povo em geral com a Revolução do 25 de Abril, verificamos a passividade e a apatia de determinadas figuras desta Terra, que em tempos não muito distantes se travestiam de revolucionários e se auto proclamavam de ter um “passado de luta” contra o regime do Estado Novo, como que se vangloriavam perante a opinião pública, de ser perseguidos e acusados de “agentes perigosos” para o regime de então.
Hoje, ficamos espantados quando assistimos à postura dessas mesmas pessoas, revelando uma indiferença e uma apatia confrangedora perante a crescente adulteração e degradação da liberdade, do nosso regime democrático.
Mas podem estar certos, que apesar de tamanhas e graves injustiças que se aproximam, novas forças se levantarão, e os falsos revolucionários irão parar ao caixote do lixo da história.
Costuma dizer o povo, que a verdade é como o azeite, pode por uns tempos misturar-se com a água, mas, mais tarde ou mais cedo vem sempre ao de cima.
Os oportunistas de Abril, aí está, para quem os conheceu após Revolução, vejam, o quanto se acantonaram e acomodaram ao sistema vigente, porque estes párias sempre se comportam desta forma vil e traiçoeira em qualquer revolução do mundo, para eles o que conta é apenas e só a sua vidinha pessoal, tendo sempre em vista, o “vil metal”.
Não é revolucionário quem quer, assim como não é poeta ou pintor quem quer.
O que aconteceu, é que andaram por aí á “solta” após 25 de Abril, uns vendedores de banha da cobra, com o intuito e finalidade de agitar papões, e tolher o povo, criando obstáculos a tudo que fosse avanço da Revolução dos Cravos, para depois de acalmado o pó, os vermos hoje sentados à mesa do orçamento, a usufruir dos seus paraísos fiscais e dos seus jardins proibidos, festejando as suas sinistras proezas como verdadeiros coveiros da Revolução.
O nosso País como é sabido, está num caos, num beco sem saída, graças ás políticas ditas reformistas praticadas pelos partidos que representam as ideias do liberalismo e neoliberalismo PS/PSD/CDS.
É sabido que os partidos políticos representam interesses de classes.
Serão os interesses e a liberdade da classe operária e dos trabalhadores compatíveis, com os interesses e a liberdade da burguesia?
Quando a burguesia nos tenta fazer crer que não há classes que isso é uma invenção dos comunistas, isso é negar a essência da humanidade e a sua história, é uma tentativa subtil, mas ao mesmo tempo frustrada, da burguesia dominar desde logo os seus eternos rivais e inimigos de classe.
Escrevo este pequeno texto, no dia da vitória eleitoral do novo Chefe de Estado do Chipre, vitória histórica em que pela primeira vez num país dos 27 da União Europeia, a Presidência da República é ganha pelo líder do Partido Comunista AKEL de nome Demetris Christofias.
Fica assim provado, que quando o povo quer é possível os comunistas ganhar eleições.
Naturalmente que esta vitória histórica, poderá vir a reproduzir-se e até multiplicar-se noutros países da União Europeia, tendo em conta a crescente degradação da política económica e social que por aí vai, para além da viragem e mudança, que poderá acontecer nas próximas eleições nos Estados Unidos da América, também esta, se nos afigura sintomática na reacção de descontentamento do povo americano ás políticas desastrosas, económicas e belicistas da administração Bush.
É perceptível, que apesar da forte ofensiva com a imposição da globalização neoliberal, contra os direitos dos trabalhadores, mais se tem vindo a acentuar e a reforçar um pouco por todo o mundo, o avanço imparável da luta dos povos pelo verdadeiro socialismo do século XXI como por exemplo:
Na Venezuela, Bolívia, Nicarágua, Equador e em todos os restantes países da América Latina assim como na Europa com a recente derrota infringida aos partidos neoliberais liderados pela senhora Ângela Merkel na Alemanha, pelo Partido de Esquerda (Linkspartei), que passou de 2 deputados para 54 deputados, isto é mais uma prova que o neoliberalismo continua a perder credibilidade.
O que hoje parece impossível, amanhã poderá ser possível, a ver vamos!...
Porque a luta continua !…
Nota: Quanto ao Amieiro Galego, dado que o tema é bastante complexo, desafio o senhor Presidente da
12 comments:
Beja Trindade
Afinal, o que é o neoliberalismo? Parece ter feito detes termo um papão informe, dado que o atribui a todos aqueles que não sejam comunistas.
Detecto também um saudosismo pelo chamado comunismo soviético liderado por uma burocracia corrupta que matava aqueles que pensavam de forma diferente e que abandonava os trabalhadores à miséria.
Fala do 25 de Abril como se tivesse sido uma "revolução social", mas não foi: um mero golpe de Estado que possibilitou a democracia em Portugal.
As classes inimigas são agora as "novas classes dirigentes". Os seus trabalhadores constituem um sector pequeno da sociedade e foram integrados: não são revolucionários. Continua a ver a realidade como se estivessemos no século XIX ou começos do século XX.
Mas concordo que critique a Direita que tudo manipula!
J. Francisco Saraiva de Sousa
“Fala do 25 de Abril como se tivesse sido uma "revolução social", mas não foi: um mero golpe de Estado que possibilitou a democracia em Portugal.”
Pretende o sr. convencer-nos que o 25 de Abril não foi uma Revolução?
Dito isto, por um homem de direita, até poderei entender, agora dito por uma pessoa que se diz socialista, chamar ao 25 de Abril um golpe de Estado, se até aqui tinha dúvidas, agora fico esclarecido.
Francamente caro Francisco, isto só de quem não tem noção nenhuma da história do PREC e seus antecedentes.
Se a Revolução não completou o seu ciclo, deve-se há contra-revolução, liderada pelo seu amigo Mário Soares, com apoio descarado da dupla Frank Carlucci embaixador norte americano e Henrik Singer secretário de estado norte americano, com a acção directa da CIA , claro está, ou seja, uma antecipação daquilo que entretanto aconteceu no Chile de Salvador Allende, onde foram assassinados milhares de camaradas pelas tropas de Pinoche e os mesmos amigos da CIA, que pelos vistos o meu amigo “socialista” tanto admira avaliar pela contribuição que deram em Portugal, para aniquilar a Revolução em Curso, tendo como consequências de agora o sr. fazer questão de lhe chamar “Golpe de Estado”.
Também poderei estar a interpretar mal as suas palavras.
Será que tal como eu se sente frustrado, pela paragem da Revolução após o 25 de Novembro?
O mesmo teria acontecido em Cuba, se a invasão da Baía dos Porcos, triunfasse.
O mesmo teria acontecido no Vietname, se o poderoso exército americano triunfasse.
O mesmo teria acontecido em Angola, Moçambique, Guiné, se os movimentos de libertação não triunfasse.
Se o 25 de Abril não foi uma Revolução, como diz, afinal para si, o que será uma Revolução?
Na perspectiva marxista, uma revolução social implica uma mudança de modos de produção: o capitalismo não foi substituído por outro modo de produção; apenas mudou o regime político ou, se quiser, a forma de Estado capitalista: da ditadura para a democracia multipartidária! Por isso, falo de golpe de Estado!
J. Francisco
Quando sr. muito bem diz que: "uma revolução social implica uma mudança de modos de produção: o capitalismo não foi substituído por outro modo de produção". Tem toda a razão, porque como disse, a Revolução portuguesa, apesar de ter um início, foi de imediato aniquilada, nem sequer houve tempo para completar o ciclo para a mudança de modos de produção, muito embora, fossem dados os primeiros passos na Reforma Agrária, assim como as nacionalizações dos principais meios de produção industrial e comercial.
Mas a verdade é que hoje, os coveiros da revolução, se sentam à mesa do orçamento e pavoneiam-se pelo País com mordomias escandalosas, apelidados pela direita de "pais da democracia portuguesa".
J. Francisco
Quando sr. muito bem diz que: "uma revolução social implica uma mudança de modos de produção: o capitalismo não foi substituído por outro modo de produção". Tem toda a razão, porque como disse, a Revolução portuguesa, apesar de ter um início, foi de imediato aniquilada, nem sequer houve tempo para completar o ciclo para a mudança de modos de produção, muito embora, fossem dados os primeiros passos na Reforma Agrária, assim como as nacionalizações dos principais meios de produção industrial e comercial.
Mas a verdade é que hoje, os coveiros da revolução, se sentam à mesa do orçamento e pavoneiam-se pelo País com mordomias escandalosas, apelidados pela direita de "pais da democracia portuguesa".
como orgulhoso habitante da nobre Vila das Aves agradeço a sua intervençaõ nos nossos demais interesses
Mas afinal o que entende por neo liberalismo? O que é ser de direita? É ser-se não comunista?
Caro anónimo
Leia as teses de Adam Smith e Ricardo Araújo e ficará a conhecer os fundamentos do liberalismo e neoliberalismo.
Acha que as políticas seguidas pelos sucessivos governos, têm sido socialistas ou de esquerda?
Se mesmo assim não souber , o que são políticas socialistas ou de esquerda conheça as teses de karl Marx.
Para terminar, apenas lhe quero lembrar que o Socialismo é o antagónico do Capitalismo!
Quanto ao ser ou não comunista, fica análise ao seu critério.
Peço desculpa, onde diz Ricardo Araújo, queria dizer David Ricardo.
mas eu perguntei-lhe a si a sua ideia, não o que escrevem uma série de escritores.
Os meus textos, dão a resposta à sua pergunta.
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