Friday, June 1, 2007

QUAL A SUA OPINIÃO ?

VILA DAS AVES perdeu a vivacidade e a dinâmica doutros tempos, até parece que na natureza nada se cria, tudo se perde e nada se transforma, esta situação tem o nome de marasmo e estagnação.

Tomando por exemplo vilas vizinhas, com termo de comparação á nossa vila, como Pevidém e Taipas no concelho de Guimarães, quem por lá passa nota a olhos vistos, que há uma dinâmica de desenvolvimento e progresso, que vai muito para além, do que se verifica na nossa Terra. Novos arruamentos que se rasgam, novos equipamentos de laser, construção de parques industriais devidamente infraestruturados, uma agenda cultural que de certa forma preenche os tempos livres, para além do enriquecimento cultural da população.

Tudo isto não julguem que acontece por mero acaso.

Perguntam os avenses:

Porque será que isto acontece nestas referidas vilas e nós por cá é aquilo que se vê ?

Fundamentalmente julgo, do que se trata é da falta de participação crítica da nossa comunidade (sobretudo jovem) num debate de ideias sem teias de aranha, em que o contraditório (porque o há) saia á luz do dia num clima de liberdade, sem medos. Não nos podemos deixar enredar por ideias monolíticas, vindas de cabeças “luminosas”ditas pensantes e fazedores de opinião.

Não podemos ocupar-nos só em debates de futebol e novelas, enquanto desviarmos atenções, os políticos agradecem.

Tem naturalmente de haver uma conjugação de esforços entre os políticos no poder autárquico, independentemente dos partidos, para que haja melhoramentos, na vida das populações.

Estamos fartos de vendedores de banha da cobra, e de peseudo-intelectuais aperaltados.

Este tipo de gente, já provou que se preocupam em demasia com a sua imagem pessoal e relegam para segundo plano as acções em prol do desenvolvimento e progresso da nossa Terra.

A eterna guerrilha pessoal entre o Sr. Presidente da Câmara de Santo Tirso e o Sr. Presidente da Junta de Vila das Aves, são factores de instabilidade permanente que em nada favorece e dignifica a política e muito menos a nossa Vila.

Esta guerrilha constante, acaba por resultar no marasmo latente que tem sido a causa mais profunda da falta de desenvolvimento nos tempos que correm.

Há muito que reclamamos um parque industrial para a Vila das Aves dotado de incentivos fiscais, capaz de atrair investimentos, logo criação de postos de trabalho, pois bem, o poder político municipal tem feito orelhas moucas.

Interessa-lhes mais desbaratar os nossos impostos, na promoção de clubes de futebol profissionais, obras do âmbito religioso e outros tipos de obras e eventos de cariz duvidoso, para não dizer eleiçoeiro, cujo a finalidade será manter o poder.

As pessoas, mais tarde ou mais cedo vão aperceber-se no atoleiro em que estão metidas, não será porventura obra do acaso este País estar na cauda da Europa, mesmo aqueles países de Leste que há bem pouco tempo entraram para Comunidade Europeia, estavam em grandes dificuldades económicas, já nos ultrapassaram.

Vejam bem, a incapacidade e o desnorte dos sussecivos governos, como provam os recentes discursos do ministro Mário Lino e Almeida Santos, sobre o aeroporto da Ota.

O senhor ministro Mário Lino contrariando os técnicos, diz que a margem sul do Tejo é um deserto, o senhor Almeida Santos diz que não será conveniente construir o novo aeroporto a sul do Tejo porque corre-se o risco do terrorismo fazer explodir a ponte que liga as margens do rio.

Estas afirmações são autênticos insultos á inteligência humana, uma vergonha nacional, só de paranóicos, e é este tipo de gente que nos governa ?

Com estes discursos, ficamos a conhecer a ponta do icebergue dos interesses económicos que estão por detrás dos terrenos envolventes á construção do novo aeroporto na Ota.

Num governo como este, liderado pelo poder económico, a mim já nada me surpreende.

Nos últimos tempos tem vindo a crescer no seio da opinião pública porventura menos esclarecida, (talvez fomentado pelos saudosistas do regime salazarista), que a culpa da degradação da nossa vida política, deve-se ao 25 de Abril, mas, em jeito de resposta eu digo:

“O VOTO É A ARMA DO POVO”, em democracia temos aquilo que queremos, o mesmo já não se podia dizer em ditadura.

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