As águas sulfurosas do Amieiro Galego, conhecidas por águas medicinais, de grande utilidade pública, todos sabemos, que ao longo de décadas, ou seja, há mais de um século, sempre foram utilizadas pela população avense e não só.
Hoje infelizmente essas águas, estão condenadas a esvaírem-se para a inutilidade, se
entretanto os responsáveis autárquicos não tomarem qualquer decisão atempada, na
salvaguarda da utilização das águas sulfurosas pela população.
Afinal a quem pertence as águas sulfurosas do Amieiro Galego ?
Não estamos perante uma situação consagrada na Lei do Usucapião?
Qual a razão de tanto silêncio sobre um assunto que tem a ver com um património da população e da freguesia de Vila das Aves?
Como diz o poeta, “se outros calam, cantemos nós”.
Os silêncios por conveniências mesquinhas são mais que muitos, não julguem que são apenas culpados os responsáveis autárquicos, nós, habitantes desta terra, os meios de comunicação social, também temos aqui a nossa cota-parte de culpa.
A própria Câmara Municipal tinha incluído no seu roteiro turístico as Termas do Amieiro Galego, pelo que não o poderão negar, até pelas placas informativas há bem pouco tempo existentes nas ruas de Vila das Aves.
A Câmara Municipal do PS assim como a oposição PSD, jamais em tempo algum tomou uma posição pública sobre o futuro das águas sulfurosas do Amieiro Galego, todos fogem do assunto como o diabo foge da cruz, porque razão será?
Tem sido prática corrente nesta terra, algumas pessoas escreverem para os jornais, quase que diria em prosa erudita, em temas e assuntos laterais, usando frequentemente as meias tintas, espero bem que não se trate de receios ou mordaças, porque em democracia será uma situação intolerável que isso aconteça.
Temos o direito a exercer a cidadania e por obrigação como avenses a indignar-nos e
reclamar.
Uma terra que não reclama, é uma terra que não desenvolve.
Algumas pessoas que declaravam “amor e paixão” à Terra, só se verificaram esses
clamores em vésperas de eleições, uma vez no poder, rapidamente se esqueceram do tal
amor e paixão.
Então as águas sulfurosas do Amieiro Galego, não são uma paixão e uma mais valia desta
Terra?
Quem nos há-de defender, uma vez, que a Junta de Freguesia tal como a Câmara
Municipal, parecem assobiar para o ar, quanto ao futuro das Termas do Amieiro Galego.
O Presidente da Câmara tem andado num corrupio na Vila das Aves a distribuir promessas a prever as próximas eleições, porque razão, nada diz sobre o futuro das águas
sulfurosas do Amieiro Galego ?
É de estranhar, o silêncio e a conivência tanto da Junta de Freguesia assim como da
Câmara Municipal quanto ao verdadeiro proprietário dos terrenos envolventes ás Termas
do Amieiro Galego, afinal pelo que se vem agora a saber , esses terrenos sempre
pertenceram á Empresa Sampaio Ferreira de Riba D’Ave, com que direito um particular constrói um muro de vedação clandestino, num terreno do qual não é proprietário, sem
que nada aconteça, com a agravante de utilizar a Junta de Freguesia como porteiro.
É sabido que em breve este terreno será vendido, teriam aqui as autarquias oportunidade
para adquirir este terreno na margem esquerda do Rio Ave, com a área total de apenas
É tempo dos avenses se empenharem na solução desta situação, para que a nossa Terra no futuro, naquele ou noutro local, fique dotada de umas verdadeiras termas com instalações minimamente condignas, para bem da saúde pública.
