JORNAL DE VILA DAS AVES, OU DA CÂMARA DE SANTO TIRSO ?

Parafraseando Jorge Sampaio com a frase “Há mais vida para além do défice”, eu também diria que há mais vida para além da Câmara de Santo Tirso. Quem ultimamente lê o jornal Entre Margens é ponto assente que rara será a notícia ou comentário que não fale na Câmara de Santo Tirso, designadamente no seu presidente Castro Fernandes, a determinada momento até nos dá a sensação de estarmos a ler um qualquer boletim camarário.

Desconheço por completo as razões de tal acontecimento, mas cá tenho as minhas suspeitas maquiavélicas.

O facto de Castro Fernandes se perpetuar no poder como Presidente de Câmara, não será por acaso.

Há bem pouco tempo, tive a ocasião de contar e verificar 9 (nove) imagens ou fotografias de Castro Fernandes na mesma edição do jornal Entre Margens, este sintoma, revela bem a linha ideológica deste jornal e os objectivos que se pretende alcançar com estas atitudes.

Vejam os últimos comentários que eu identifico como uma boa dose de propaganda manifestada pelo jornal Entre Margens ás ditas obras de Castro Fernandes, pagas por nós contribuintes, estou-me a referir concretamente ao Parque da Rabada e não só, que nada tenho contra o parque em si, mas, ponho em causa é a sua prioridade, até porque Santo Tirso já tinha um parque natural de excelente qualidade no Monte da Nossa Senhora da Assunção, ou seja, não seria mais urgente e prioritário a Câmara investir aquele dinheiro por exemplo, num verdadeiro parque industrial em Vila das Aves com vista à criação de postos de trabalho destinado às pessoas desempregadas?

Para quê tanta publicidade e propaganda ao Parque da Rabada, se fomos nós os contribuintes que pagamos, até parece por tanta propaganda excessiva, que foi Castro Fernandes que pagou do bolso dele.

O que para mim se torna suspeito é a continuada propaganda da Câmara Municipal, veiculada nas edições do Entre Margens, com algumas esporádicas piruetas e golpes de rins como já é timbre do seu director, para que se não diga, afinal não será tanto assim, mas, o fundamental mantém-se e pelos vistos está para durar, quase como se tratasse aqui da defesa de interesses das tradicionais oligarquias familiares desta Terra.

Há quem diga que o Jornal de Santo Tirso está totalmente dominado e controlado, que este jornal vive do subsídio-dependência da Câmara de Santo Tirso,

Agora pergunto:

Será o único jornal do concelho nesta situação?

Sabem que quando um jornal não tem autonomia financeira para sobreviver, por norma recorrem o subsídio-dependência das Câmaras Municipais, logo ficam reféns das suas orientações políticas e propaganda, ou seja, começam a veicular a “voz do dono” terminando assim a sua isenção e independência, muito embora os seus directores procurem mistificar e apregoar práticas de pluralismo, isenção e independência, pelo que geralmente acaba por nos provocar grandes risadas : áh,áh,áh,áh,áh…áh…áh …