Thursday, February 3, 2011

O EGIPTO E A REVOLUÇÃO

Como já seria de esperar, e para impor a alegada ordem no caos, com a chegada do enviado especial de Barack Obama ao Egipto, Frank George Wisner II, homem da confiança de Mubarak, foi notório o início das provocações dos apoiantes de Mubarak, pelos vistos não são espontâneas, antes pelo contrário, são muito bem organizadas. O tempo se encarregará de nos mostrar a evolução dos acontecimentos, que a partir de agora irão provocar, novas oscilações de posições de cariz político da administração americana, a ver vamos.

Basta ver o silêncio dos países da União Europeia, enquanto não receberam instruções do império, a partir daí, todos vieram a terreiro afinados pelo mesmo diapasão, não para expressar solidariedade para com a luta do povo egípcio, mas antes, expressar ingerências assim como o modelo político que os egípcios devem seguir em função dos interesses das elites americanas e europeias. Após um longo silêncio do governo Português, sobre os acontecimentos tanto na Tunísia, como agora no Egipto, finalmente foi espantoso ver, Luís Amado ministro dos negócios estrangeiros Português, emitir e utilizar frases «simpáticas» como liberdade, democracia e paz, só que esqueceram-se de dizer, que até aqui colaboraram com estes regimes de paz podre, corruptos e ditatoriais, nessa altura nunca denunciaram a tal falta de liberdade, democracia e paz, nesses países, e vêem agora com discursos de retórica e ingerência a mando de interesses imperialistas.


«Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem.»

(Bertold Brecht)

1 comment:

Anonymous said...

A mentira não tem futuro.
A verdade é como o azeite, lá virá o dia que há-de vir à tona.